São Paulo - Segundo informações da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a cada hora quase mil pessoas chegam à fronteira entre a Líbia e a Tunísia. Elas tentam fugir da violência que predomina nas ruas da Líbia desde que a população começou a se manifestar contra o governo do ditador Muammar Kadafi.

Somente nesta terça-feira (1º) quase 15 mil pessoas entraram na Tunísia. As autoridades do país dizem que, desde o dia 20 de fevereiro, cerca de 75 mil pessoas atravessaram as fronteiras fugindo da Líbia. Agentes da Acnur, da Cruz Vermelha e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) trabalham na região para auxiliar os refugiados.

Outros países próximos passam por situação parecida. De acordo com a Acnur, 69 mil pessoas fugiram da Líbia para o Egito desde o dia 19 de fevereiro. Itália e Grécia também manifestaram temores de que o prolongamento dos conflitos e até mesmo a queda de Kadafi resultem em uma migração em massa de líbios para seus territórios.

Na semana passada, a ilha de Malta também recebeu centenas de refugiados da Líbia, a maioria estrangeiros que trabalham em multinacionais no país. Dentre eles, estavam brasileiros funcionários de empresas como Petrobras, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Veja nas fotos ao lado o êxodo líbio e o caos nas fronteiras.