A parte mais famosa da Capela Sistina, que se refere à Criação (Gabriel Bouys/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2014 às 20h54.
Cidade do Vaticano - O Vaticano vai restringir o número de visitantes à Capela Sistina para 6 milhões de pessoas por ano para proteger os delicados afrescos de Michelangelo dos danos causados pela multidões crescentes de turistas, disse uma autoridade nesta quinta-feira.
Os visitantes para a capela - onde os papas são eleitos em conclaves secretos - podem chegar a 20 mil por dia no verão, com até 2 mil pessoas dentro da capela ao mesmo tempo.
A poeira trazida das ruas, o suor dos corpos dos turistas e o dióxido de carbono representam o maior risco para os afrescos do teto feitos por Michelangelo, que têm mais de 500 anos.
Entre eles está uma das cenas mais famosas da história da arte - a mão de um Deus barbado e gentil se esticando para dar vida à Adão.
Para proteger o trabalho do mestre da Renascença, o Vaticano instalou um novo sistema para o controle da temperatura que vai filtrar o ar na capela, assim como um novo sistema de iluminação de alta tecnologia que vai reduzir o perigoso calor por mais do que a metade.
"Estou convencido de que os museus do Vaticano, em particular a Capela Sistina, atingiram o número máximo de visitantes possível", disse Antonio Paolucci, responsável pelos museus do Vaticano, em conferência de imprensa para apresentar os novos sistemas de iluminação e do controle de temperatura.
Paolucci disse que o número de 6 milhões de visitantes por ano seria o máximo tolerado.
"Não fizemos tudo isso para receber mais gente dentro da Capela Sistina." As obras de instalação dos novos sistemas começaram em junho e devem estar prontas até o final deste mês.