Vaticano: promotoria abriu uma investigação e pediu colaboração internacional para coletar provas (Franco Origlia/Getty Images)
EFE
Publicado em 9 de junho de 2018 às 10h51.
Cidade do Vaticano - O Tribunal do Vaticano comunicou neste sábado que processa o monsenhor Carlo Alberto Capella, ex-conselheiro da nunciatura em Washington, acusado pelo Canadá de possuir imagens de pornografia infantil.
A fase de instrução terminou no dia 30 de maio e a promotoria pediu o envio ao juízo do acusado, que desde 7 de abril estava detido na sede da Gendarmaria vaticana.
O juiz considerou que a jurisdição do caso é da autoridade judiciária vaticana já que o suposto crime foi cometido por um oficial deste Estado, embora se refira a fatos no exterior. A primeira audiência deste processo começará no dia 22 de junho.
O crime do qual Capella está sendo acusado é de posse de pornografia infantil, que segundo as leis vaticanas é punido com "um a cinco anos de prisão" e uma multa de 2.500 a 50.000 euros. A pena pode ser superior se o material for "de quantidade ingente".
O departamento de imprensa do Vaticano informou que em 21 de agosto do ano passado chegou a notificação pelo Departamento de Estado dos EUA do suposto crime e o sacerdote foi chamado ao Vaticano, onde se encontra atualmente.
Após receber a notificação pela posse desse material, a secretaria de Estado vaticana a transmitiu à promotoria, que abriu uma investigação e pediu colaboração internacional para coletar provas.
Em setembro de 2017, a Justiça vaticana abriu uma investigação contra o funcionário após a polícia canadense o acusar de posse e distribuição de material pornográfico infantil, baixado durante uma viagem que o sacerdote realizou ao país em dezembro de 2016.