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Papa Francisco fecha acordo para acolher divorciados

Francisco pediu por uma "uma igreja mais misericordiosa, menos crítica", que acolha divorciados e recasados no civil


	Francisco pediu por uma "uma igreja mais misericordiosa, menos crítica", que acolha divorciados e recasados no civil
 (Abril)

Francisco pediu por uma "uma igreja mais misericordiosa, menos crítica", que acolha divorciados e recasados no civil (Abril)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 07h07.

Cidade do Vaticano - Declarando que "hoje é um tempo de misericórdia", o Papa Francisco fechou neste domingo um histórico encontro de bispos que aprovou uma importante nova orientação de acolher católicos divorciados e recasados no civil na Igreja.

O apoio do sínodo, por um único voto, ao pedido de Francisco de "uma igreja mais misericordiosa, menos crítica" foi uma vitória clara para o Papa e os prelados progressistas que buscam espaço para permitir que os católicos casados novamente recebam a Comunhão.

Os conservadores se opuseram, citando a doutrina da igreja, mas não conseguiram reunir os votos necessários para bloquear a controversa passagem do documento final.

Com a hierarquia da Igreja dividida na Basílica de São Pedro, Francisco fez uma crítica velada neste domingo àqueles que colocam mais importância na doutrina e lei do que na misericórdia e no perdão de Deus.

Ele advertiu-os do risco de "se tornar habitualmente impassível diante da graça", de virar um ombro frio para os filhos mais feridos de Deus e de uma "ilusão espiritual" que não os deixa ver a realidade de seu rebanho e responder a isso.

"Uma fé que não sabe como se enraizar na vida de pessoas permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos", afirmou o Papa, acrescentando que momentos de sofrimento e conflito são precisamente as ocasiões para Deus mostrar misericórdia. "Hoje é um tempo de misericórdia!"

Sem mudar a doutrina da igreja, o sínodo aprovou no sábado um documento final de 94 pontos para responder melhor às necessidades das famílias católicas de hoje. O texto cobre uma série de questões - migração, pobreza, famílias monoparentais e poligamia -, mas a seção mais controversa era sobre se católicos recasados no civil poderiam receber a Comunhão.

Embora o documento não trace um caminho específico como originalmente defendido por prelados liberais e nem sequer mencione a palavra Comunhão, ele abre a porta para exceções avaliadas caso a caso, citando o papel do discernimento e da consciência individual na orientação espiritual.

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