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Vaticano julgará mordomo e seu cúmplice por Vatileaks

O mordomo do papa, Paolo Gabriele, e o técnico em informática Claudio Sciarpelletti são acusados de vazarem documentos reservados de Bento XVI

Papa Bento XVI: a imagem do Vaticano foi prejudicada pelo vazamento de uma centena de documentos internos
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Papa Bento XVI: a imagem do Vaticano foi prejudicada pelo vazamento de uma centena de documentos internos (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 09h56.

Cidade do Vaticano - O Vaticano anunciou nesta segunda-feira que abrirá um julgamento por vazamento de documentos reservados do papa Bento XVI contra o mordomo do pontífice, Paolo Gabriele, e seu cúmplice, o técnico em informática Claudio Sciarpelletti, cujo nome é mencionado pela primeira vez no escândalo.

O mordomo e o técnico, um funcionário da Secretaria de Estado da Santa Sé, governo central do Vaticano, serão julgados por "roubo agravado" e "cumplicidade" neste caso conhecido como o escândalo "Vatileaks", informou o juiz de instrução, Piero Bonnet.

Gabriele, detido no dia 23 de maio, teve concedida no dia 22 de junho a prisão domiciliar, e desde então permanece junto com sua família dentro do Vaticano.

Já Sciarpelletti, técnico de sistemas informáticos da Secretaria de Estado, detido em maio e depois em liberdade provisória, será julgado por "receptação" de objetos roubados.

O ex-mordomo, chamado de Paoletto, escreveu uma carta ao Papa pedindo perdão pelos erros cometidos, razão pela qual o pontífice poderia conceder perdão a ele.

E o Vaticano prossegue a investigação sobre outras pessoas envolvidas no escândalo, indicou nesta segunda-feira o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

"A magistratura vaticana descobriu uma realidade muito complexa. A justiça prosseguirá seu trabalho, a investigação sobre outras pessoas envolvidas continua aberta", declarou Lombardi em uma coletiva de imprensa.

A imagem do Vaticano foi prejudicada pelo vazamento de uma centena de documentos internos, entre eles muitas cartas particulares dirigidas ao Papa ou ao seu secretário, o que provocou uma das maiores crises do papado de Bento XVI, já que colocou em questão inclusive sua liderança como guia da Igreja católica.

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