Varsóvia celebra 60 anos da reconstrução de centro histórico
Capital lembra nesta semana aniversário do início da reconstrução de seu centro histórico, arrasado na Segunda Guerra Mundial
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2013 às 11h21.
Varsóvia - Varsóvia lembra nesta semana o 60° aniversário do início da reconstrução de seu centro histórico, arrasado na Segunda Guerra Mundial e reerguido em um processo que foi marcado por enfrentamentos entre partidários da construção de uma nova cidade e os que defendiam recuperação do esplendor do passado.
Hoje, poucos poderiam imaginar que os edifícios deste bairro da capital polonesa foram levantados, em sua maioria, há não mais do que 60 anos, no esforço coletivo de um país que queria deixar para trás, o mais rápido possível, as lembranças da guerra.
Cerca de 90% deste distrito foi destruído durante o conflito pelos ataques dos nazistas e pelo Exército Vermelho, incluindo o Palácio Real de Varsóvia, símbolo da antiga monarquia da Polônia , a praça do mercado, a catedral de São João e a muralha medieval.
A primeira fase de reconstrução, que começou em julho de 1953, aconteceu empregando os próprios escombros quando era possível e seguindo como modelo antigas pinturas e trabalhos de arquitetos e artistas prévios à guerra, sempre sob supervisão do então recém imposto governo comunista.
De fato, o processo de reconstrução de Varsóvia enfrentou os partidários da construção de uma nova cidade seguindo os patrões comunistas e os que preferiam uma reconstrução da cidade antiga.
Finalmente, houve um ponto em comum e parte do centro histórico da capital foi reconstruída seguindo o modelo de 1939, embora com uma austeridade e uma urgência que esqueceram o esplendor barroco e o neoclássico que um dia fizeram parte dos edifícios arrasados.
"Realmente, o amor dos moradores de Varsóvia por esta parte da cidade era tal que duvido que alguém pudesse impor um projeto de reconstrução diferente", explicou à Agência Efe o arquiteto polonês Pawel Nowak.
O desejo de conservar esse esplendor ficou, assim como a necessidade e a penúria, como lembra Nowak, já que, no final de 1945, quase meio milhão de pessoas já viviam em Varsóvia, das quais mais de 100 mil se encontravam em condições miseráveis e uma urgente necessidade de moradia.
O resultado é hoje um casco histórico, "Stare Miastro" em polonês, visitado todos os anos por milhares de turistas que, junto com os locais, desfrutam das cafeterias na praça do mercado, das várias galerias de arte e de um espaço que nada tem a ver com o resto da cidade, em sua maioria uma mistura de blocos comunistas e novos edifícios.
Por isso agora, 60 anos depois do início da primeira fase dos trabalhos de reconstrução, a prefeitura de Varsóvia quer que os visitantes saibam como o bairro, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1980 como exemplo de reconstrução, foi revitalizado.
Exposições, documentários, concertos e visitas guiadas são alguns dos atos que a cidade oferece nestes dias, tudo para lembrar que nem os bombardeios da Luftwaffe e da artilharia alemã em 1939, os bombardeios da aviação soviética em 1942 e 1943 e a destruição sistemática realizada pelos nazistas durante sua retirada puderam acabar com o espírito de Varsóvia.
Varsóvia - Varsóvia lembra nesta semana o 60° aniversário do início da reconstrução de seu centro histórico, arrasado na Segunda Guerra Mundial e reerguido em um processo que foi marcado por enfrentamentos entre partidários da construção de uma nova cidade e os que defendiam recuperação do esplendor do passado.
Hoje, poucos poderiam imaginar que os edifícios deste bairro da capital polonesa foram levantados, em sua maioria, há não mais do que 60 anos, no esforço coletivo de um país que queria deixar para trás, o mais rápido possível, as lembranças da guerra.
Cerca de 90% deste distrito foi destruído durante o conflito pelos ataques dos nazistas e pelo Exército Vermelho, incluindo o Palácio Real de Varsóvia, símbolo da antiga monarquia da Polônia , a praça do mercado, a catedral de São João e a muralha medieval.
A primeira fase de reconstrução, que começou em julho de 1953, aconteceu empregando os próprios escombros quando era possível e seguindo como modelo antigas pinturas e trabalhos de arquitetos e artistas prévios à guerra, sempre sob supervisão do então recém imposto governo comunista.
De fato, o processo de reconstrução de Varsóvia enfrentou os partidários da construção de uma nova cidade seguindo os patrões comunistas e os que preferiam uma reconstrução da cidade antiga.
Finalmente, houve um ponto em comum e parte do centro histórico da capital foi reconstruída seguindo o modelo de 1939, embora com uma austeridade e uma urgência que esqueceram o esplendor barroco e o neoclássico que um dia fizeram parte dos edifícios arrasados.
"Realmente, o amor dos moradores de Varsóvia por esta parte da cidade era tal que duvido que alguém pudesse impor um projeto de reconstrução diferente", explicou à Agência Efe o arquiteto polonês Pawel Nowak.
O desejo de conservar esse esplendor ficou, assim como a necessidade e a penúria, como lembra Nowak, já que, no final de 1945, quase meio milhão de pessoas já viviam em Varsóvia, das quais mais de 100 mil se encontravam em condições miseráveis e uma urgente necessidade de moradia.
O resultado é hoje um casco histórico, "Stare Miastro" em polonês, visitado todos os anos por milhares de turistas que, junto com os locais, desfrutam das cafeterias na praça do mercado, das várias galerias de arte e de um espaço que nada tem a ver com o resto da cidade, em sua maioria uma mistura de blocos comunistas e novos edifícios.
Por isso agora, 60 anos depois do início da primeira fase dos trabalhos de reconstrução, a prefeitura de Varsóvia quer que os visitantes saibam como o bairro, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1980 como exemplo de reconstrução, foi revitalizado.
Exposições, documentários, concertos e visitas guiadas são alguns dos atos que a cidade oferece nestes dias, tudo para lembrar que nem os bombardeios da Luftwaffe e da artilharia alemã em 1939, os bombardeios da aviação soviética em 1942 e 1943 e a destruição sistemática realizada pelos nazistas durante sua retirada puderam acabar com o espírito de Varsóvia.