Mundo

Unicef: perspectivas para a juventude no mundo são sombrias

O relatório contém estatísticas "alarmantes" e "ultrajantes", segundo a vice-diretora executiva Hilde Johnson

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 19h26.

Nova York- Aumento do desemprego, 1 milhão de menores na prisão, jovens forçados a se unir a exércitos: a agência da ONU para a infância, o Unicef, pintou um sombrio panorama das perspectivas para a juventude mundial em seu relatório anual.

Os adolescentes "quase nunca são prioridade" quando os governos fixam objetivos sociais, e isso precisa mudar, afirmou o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado nesta sexta-feira.

O relatório contém estatísticas "alarmantes" e "ultrajantes", segundo a vice-diretora executiva Hilde Johnson. Centenas de milhares de jovens estão sendo usados por grupos armados como "soldados, espiões, mensageiros ou escravos sexuais", disse.

Johnson completou que 150 milhões de crianças entre cinco e 14 anos estão sendo forçadas a realizar trabalho infantil.

Por outro lado, cerca de 13% da força de trabalho mundial de menores de 19 anos não têm emprego e o desemprego entre a juventude é uma preocupação em todos os países. "Os adolescentes lutam para encontrar trabalhos decentes que garantam a eles uma saída da linha da pobreza", afirmou.

Também há muitos jovens com problemas com a lei. O Unicef estimou que existem 1 milhão de crianças presas pelas forças de ordem no mundo todo.

"Se a prisão é inevitável em algumas circunstâncias, é essencial explorar alternativas à pena privativa de liberdade sempre que for possível", afirma a Unicef no relatório.

O órgão afirmou que os investimentos em educação devem aumentar de forma significativa.

Acompanhe tudo sobre:DireitosONU

Mais de Mundo

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos