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Um terço dos aquíferos do mundo está secando, mostra Nasa

Oito dos 37 principais aquíferos do mundo foram classificados como "sobre estressados", pois praticamente não têm novo volume entrando para compensar o uso


	Ameaça: os aquíferos estã sob pressão pela retirada excessiva para uso residencial, agrícola ou industrial
 (ChinaFotoPress/Getty Images)

Ameaça: os aquíferos estã sob pressão pela retirada excessiva para uso residencial, agrícola ou industrial (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 18h39.

Roma - A água para uso humano está secando a uma taxa alarmante em cerca de um terço das bases aquíferas do mundo, com potenciais riscos para agricultores e outros consumidores, disseram pesquisadores.

Oito dos 37 principais aquíferos do mundo foram classificados como "sobre estressados", pois praticamente não têm novo volume de água entrando para compensar o uso, segundo dois estudos da Universidade da Califórnia, baseados em dados de satélites da Nasa.

Outros cinco aquíferos são classificados como "altamente estressados", o que significa que água nova está entrando nessas bases, mas elas ainda enfrentam problemas.

Os aquíferos se tornam estressados quando água em excesso é retirada de sua base para uso residencial, agrícola ou industrial, ao mesmo tempo a água da superfície não entra em volume suficiente para reabastecer as formações rochosas subterrâneas.

O Sistema Aquífero Árabe, uma fonte-chave de água para 60 milhões de pessoas na Arábia Saudita, Iraque, Catar, Síria e outros países, é o mais sobre estressado, mostrou a pesquisa.

A Base Aquífera Indu, no noroeste da Índia e no Paquistão, é a segunda mais vulnerável, e a Base Murzuk-Djado, no norte da África, é a terceira.

Todas essas regiões já sofrem com variados graus de tensões políticas, e a escassez de água vai invariavelmente elevar os problemas sociais, disseram os pesquisadores.

"Estamos tentando alertar agora para apontar onde o gerenciamento ativo hoje pode proteger vidas e o sustento no futuro", disse em comunicado Alexandra Richey, autora principal dos dois estudos.

Os cientistas não sabem exatamente o quanto de água ainda resta nos aquíferos. "Em uma sociedade com escassez de água, não podemos mais tolerar esse nível de incerteza, especialmente se a água da terra está desaparecendo tão rapidamente", acrescentou.

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