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Último dia de campanha presidencial na Síria

As eleições destinam-se principalmente a fortalecer a posição de Assad nesta guerra, contra uma oposição fragmentada

O presidente sírio, Bashar al-Assad (AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2014 às 12h24.

Damasco - A campanha para a eleição presidencial síria de 3 de junho, cuja vitória de Bashar al-Assad é dada como certa, termina neste domingo, com a oposição denunciando uma "farsa".

Com o país devastado por três anos de conflito, que continua a fazer dezenas de mortos a cada dia em bombardeios e combates, a eleição será realizada em áreas controladas pelo regime, longe das regiões de confronto entre o Exército e rebeldes.

Com esta eleição, os insurgentes e a oposição, profundamente divididos, assim como seus aliados árabes e ocidentais, assistem incrédulos a permanência de Assad no poder, após uma série de avanços do regime na frente militar.

A rebelião, que denuncia uma "eleição de sangue", quando o conflito deixou mais de 162.000 mortos segundo uma ONG, pediu o boicote à votação, organizada sob uma lei que exclui de fato qualquer candidatura dissidente.

Apenas dois candidatos, os desconhecido Maher al Hajjar e Hasan Nuri disputam com o chefe de Estado.

"Dirigente símbolo"

Como esperado, o Partido Baath, que domina a vida política da Síria há meio século, apela os sírios a reeleger Assad, no poder desde a morte de seu pai em 2000.

O partido ressalta a necessidade de votar "não apenas para o presidente, mas por um líder (...) que enfrenta a guerra (...), o líder símbolo Bashar al-Assad que continua ao lado do seu povo nos quatro cantos do país".

Em Damasco, as ruas estão cobertas com cartazes exibindo um retrato de Asad, vestido de forma casual, de traje ou em uniforme coberto de medalhas.

Frente a ele, seus dois "adversários" desaparecem.

As eleições destinam-se principalmente a fortalecer a posição de Assad nesta guerra, contra uma oposição fragmentada e um rebelião em guerra com os jihadistas radicais.

A revolta pacífica iniciada em março 2011 para exigir reformas políticas, se transformou ante a uma repressão brutal do regime em uma insurreição armada e mais tarde tornou-se uma guerra complexa e generalizada.

O regime nunca reconheceu o protesto pacífico e sempre evocou "terroristas armados" que atuam a serviço de um "complô estrangeiro".

"Os filhos da pátria se preparam para votar em 3 de junho (...) para mostrar que a vontade do povo é mais forte do que todos os sonhos e desejos dos conspiradores", assegura o Al Baath, jornal do partido no poder.

No último dia de campanha eleitoral, a televisão estatal exibe ao vivo uma reunião dos ulemas sunitas apoiando Assad para tentar mostrar a adesão dos membros desta comunidade majoritária na Síria.

O regime está efetivamente nas mãos da minoria alauíta (uma ramificação do xiismo), enquanto a maioria dos rebeldes são sunitas.

Demonstração de força

Na quarta-feira, o regime e conseguiu mobilizar milhares de expatriados sírios ou refugiados que se reuniram para participar da votação antecipada em 43 embaixadas sírias pelo mundo, em particular no vizinho Líbano.

Segundo a agência oficial SANA, mais de 95% dos sírios registrados nas embaixadas votaram.

No entanto, os sírios que fugiram do país atravessando clandestinamente a fronteira não puderam votar, e apenas 200 mil dos 3 milhões de refugiados e expatriados foram registrados nas listas eleitorais no exterior.

Alguns opositores ao regime manifestaram no Líbano e na Turquia para denunciar a eleição, referindo-se a algumas tentativas de intimidação para forçar alguns a votar.

França, Alemanha e Bélgica proibiram o voto em seu solo.

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Damasco - A campanha para a eleição presidencial síria de 3 de junho, cuja vitória de Bashar al-Assad é dada como certa, termina neste domingo, com a oposição denunciando uma "farsa".

Com o país devastado por três anos de conflito, que continua a fazer dezenas de mortos a cada dia em bombardeios e combates, a eleição será realizada em áreas controladas pelo regime, longe das regiões de confronto entre o Exército e rebeldes.

Com esta eleição, os insurgentes e a oposição, profundamente divididos, assim como seus aliados árabes e ocidentais, assistem incrédulos a permanência de Assad no poder, após uma série de avanços do regime na frente militar.

A rebelião, que denuncia uma "eleição de sangue", quando o conflito deixou mais de 162.000 mortos segundo uma ONG, pediu o boicote à votação, organizada sob uma lei que exclui de fato qualquer candidatura dissidente.

Apenas dois candidatos, os desconhecido Maher al Hajjar e Hasan Nuri disputam com o chefe de Estado.

"Dirigente símbolo"

Como esperado, o Partido Baath, que domina a vida política da Síria há meio século, apela os sírios a reeleger Assad, no poder desde a morte de seu pai em 2000.

O partido ressalta a necessidade de votar "não apenas para o presidente, mas por um líder (...) que enfrenta a guerra (...), o líder símbolo Bashar al-Assad que continua ao lado do seu povo nos quatro cantos do país".

Em Damasco, as ruas estão cobertas com cartazes exibindo um retrato de Asad, vestido de forma casual, de traje ou em uniforme coberto de medalhas.

Frente a ele, seus dois "adversários" desaparecem.

As eleições destinam-se principalmente a fortalecer a posição de Assad nesta guerra, contra uma oposição fragmentada e um rebelião em guerra com os jihadistas radicais.

A revolta pacífica iniciada em março 2011 para exigir reformas políticas, se transformou ante a uma repressão brutal do regime em uma insurreição armada e mais tarde tornou-se uma guerra complexa e generalizada.

O regime nunca reconheceu o protesto pacífico e sempre evocou "terroristas armados" que atuam a serviço de um "complô estrangeiro".

"Os filhos da pátria se preparam para votar em 3 de junho (...) para mostrar que a vontade do povo é mais forte do que todos os sonhos e desejos dos conspiradores", assegura o Al Baath, jornal do partido no poder.

No último dia de campanha eleitoral, a televisão estatal exibe ao vivo uma reunião dos ulemas sunitas apoiando Assad para tentar mostrar a adesão dos membros desta comunidade majoritária na Síria.

O regime está efetivamente nas mãos da minoria alauíta (uma ramificação do xiismo), enquanto a maioria dos rebeldes são sunitas.

Demonstração de força

Na quarta-feira, o regime e conseguiu mobilizar milhares de expatriados sírios ou refugiados que se reuniram para participar da votação antecipada em 43 embaixadas sírias pelo mundo, em particular no vizinho Líbano.

Segundo a agência oficial SANA, mais de 95% dos sírios registrados nas embaixadas votaram.

No entanto, os sírios que fugiram do país atravessando clandestinamente a fronteira não puderam votar, e apenas 200 mil dos 3 milhões de refugiados e expatriados foram registrados nas listas eleitorais no exterior.

Alguns opositores ao regime manifestaram no Líbano e na Turquia para denunciar a eleição, referindo-se a algumas tentativas de intimidação para forçar alguns a votar.

França, Alemanha e Bélgica proibiram o voto em seu solo.

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