UE quer aprovar medidas contra Líbia o mais rápido possível
Segundo Catherine Ashton, objetivo é forçar Kadafi a deter a repressão violenta contra as manifestações
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 08h43.
Gödöllö, Hungria - A Alta Representante da União Europeia (UE), Catherine Ashton, assegurou nesta sexta-feira que as 27 nações do bloco aprovarão "medidas restritivas" contra a Líbia o mais rápido possível para tentar forçar o regime de Muammar Kadafi a deter a repressão violenta contra as manifestações.
De acordo com Ashton, os responsáveis pela violência serão proibidos de viajar para o território comunitário e terão seus ativos congelados.
Os detalhes foram antecipados pela Alta Representante da UE durante sua chegada à reunião informal de ministros da Defesa do bloco, que está sendo realizada nos arredores de Budapeste.
Durante esta semana, os Estados-membros já encarregaram seus especialistas em Bruxelas de estudar as possíveis medidas que podem ser adotadas contra as autoridades líbias.
"É preciso pôr toda a pressão possível para deter a violência", assinalou Ashton em referência a essas sanções.
A Alta Representante esclareceu que "por enquanto ninguém falou de uma ação militar" da UE na Líbia, apesar de a Comissão Europeia ter evocado essa possibilidade na quinta-feira para evacuar os cidadãos comunitários do país africano.
Segundo Ashton, os 27 se concentram por enquanto em "coordenar" esforços para evacuar os milhares de europeus que continuam na Líbia.
A Alta Representante da EU deve manter nesta sexta-feira um encontro com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, que convocou uma reunião urgente do Conselho Atlântico para estudar a situação na Líbia.