Exame Logo

UE-Mercosul: Bruxelas preocupada com medidas protecionistas

Europeus não gostaram das últimas medidas adotadas por Brasil e Argentina; empresas pedem atenção especial para a agricultura

As negociações para um acordo comercial UE-Mercosul recomeçaram em 2010, depois de anos paradas (Arquivo/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 13h41.

Bruxelas - As empresas que participaram nesta terça-feira da cúpula econômica entre os 27 países da União Europeia e o Brasil pediram que o impacto sobre o setor agrícola "não seja obstáculo" ao desejado acordo de associação entre a UE e o Mercosul para criação de uma área de livre-comércio.

Em declaração conjunta ao fim da reunião, as empresas defenderam pacto de livre-comércio "ambicioso e equilibrado" e alertaram sobre as "considerações defensivas no setor agrícola e outros âmbitos".

Os temores "não deveriam ser exagerados e especialmente não se deveria permitir que fossem colocadas por água abaixo as negociações entre a UE e o Mercosul", conforme a declaração.

"As partes teriam de adotar um enfoque pragmático e encontrar vias para alcançar resultado ambicioso o mais rápido possível", ressaltou o documento.

O comissário de comércio europeu, Karel De Gutcht, ressaltou durante seu discurso na cúpula econômica que a UE e o Mercosul "terão de fazer concessões" para avançar em direção ao acordo e alertou que se uma das partes adotar restrições durante as negociações " dificultará a conclusão.

Nesse contexto, rejeitou plenamente as atitudes "protecionistas" e expressou sua preocupação com medidas adotadas recentemente no Brasil que afetam à indústria do automóvel na Argentina, especialmente as licenças de importação.

Ao fim da reunião, a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy e o da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, ressaltaram o interesse mútuo entre a UE e o Brasil em aprofundar suas relações comerciais.

Sobre o acordo entre os 27 e o Mercosul, Barroso explicou que "podem gerar benefícios extraordinários do ponto de vista político e econômico para as duas regiões" e lembrou que o Mercosul recebe mais investimentos europeus do que a Rússia, China e Índia juntos.

Dilma assinalou que o futuro acordo permitirá consolidar uma relação comercial mais ambiciosa entre os 27 e seu país.

À reunião assistiram representantes de grandes empresas europeias com interesses no Brasil, como o presidente da Telefónica, César Alierta e membros do Banco Santander, Shell e Petrobras.

Além do acordo UE-Mercosul, a necessidade de cooperação em âmbitos como inovação, serviços financeiros, energia e mudança climática entraram na pauta.

Os empresários consideraram que um acordo estratégico entre a UE e Brasil é uma política "essencial" para impulsionar as relações bilaterais.

A reunião ocorreu em paralelo à cúpula política entre os 27 e o Brasil, com assinatura de vários acordos em pesquisa, turismo, política espacial e cultura e apoio ao novo plano de ação para 2012-2014 que dará conteúdos à associação estratégica entre as partes.

Veja também

Bruxelas - As empresas que participaram nesta terça-feira da cúpula econômica entre os 27 países da União Europeia e o Brasil pediram que o impacto sobre o setor agrícola "não seja obstáculo" ao desejado acordo de associação entre a UE e o Mercosul para criação de uma área de livre-comércio.

Em declaração conjunta ao fim da reunião, as empresas defenderam pacto de livre-comércio "ambicioso e equilibrado" e alertaram sobre as "considerações defensivas no setor agrícola e outros âmbitos".

Os temores "não deveriam ser exagerados e especialmente não se deveria permitir que fossem colocadas por água abaixo as negociações entre a UE e o Mercosul", conforme a declaração.

"As partes teriam de adotar um enfoque pragmático e encontrar vias para alcançar resultado ambicioso o mais rápido possível", ressaltou o documento.

O comissário de comércio europeu, Karel De Gutcht, ressaltou durante seu discurso na cúpula econômica que a UE e o Mercosul "terão de fazer concessões" para avançar em direção ao acordo e alertou que se uma das partes adotar restrições durante as negociações " dificultará a conclusão.

Nesse contexto, rejeitou plenamente as atitudes "protecionistas" e expressou sua preocupação com medidas adotadas recentemente no Brasil que afetam à indústria do automóvel na Argentina, especialmente as licenças de importação.

Ao fim da reunião, a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy e o da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, ressaltaram o interesse mútuo entre a UE e o Brasil em aprofundar suas relações comerciais.

Sobre o acordo entre os 27 e o Mercosul, Barroso explicou que "podem gerar benefícios extraordinários do ponto de vista político e econômico para as duas regiões" e lembrou que o Mercosul recebe mais investimentos europeus do que a Rússia, China e Índia juntos.

Dilma assinalou que o futuro acordo permitirá consolidar uma relação comercial mais ambiciosa entre os 27 e seu país.

À reunião assistiram representantes de grandes empresas europeias com interesses no Brasil, como o presidente da Telefónica, César Alierta e membros do Banco Santander, Shell e Petrobras.

Além do acordo UE-Mercosul, a necessidade de cooperação em âmbitos como inovação, serviços financeiros, energia e mudança climática entraram na pauta.

Os empresários consideraram que um acordo estratégico entre a UE e Brasil é uma política "essencial" para impulsionar as relações bilaterais.

A reunião ocorreu em paralelo à cúpula política entre os 27 e o Brasil, com assinatura de vários acordos em pesquisa, turismo, política espacial e cultura e apoio ao novo plano de ação para 2012-2014 que dará conteúdos à associação estratégica entre as partes.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorEuropaProtecionismoUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame