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UE, FMI e BCE certificam que Irlanda cumpre plano de ajuste

Segundo a missão, o país está cumprindo com "solidez" as condições impostas no resgate financeiro

Banco Central da Irlanda: também foram destacados os progressos para reestruturar o sistema bancário irlandês, origem da crise econômica registrada no país em 2008 (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 11h58.

Dublin - Uma missão da União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) certificou nesta quinta-feira que a Irlanda está cumprindo com "solidez" as condições impostas no resgate financeiro ao país.

Dois dias depois de a agência de classificação Moody's situar a dívida irlandesa no nível do bônus lixo, a UE, o FMI e o BCE sublinharam os "fortes" progressos do governo irlandês para manter o rumo fixado em seu programa de resgate, no valor de 85 bilhões de euros

"As tensões nos mercados de dívida soberana cresceram durante a visita, mas o programa de financiamento está amortecendo seu impacto na economia irlandesa e suas finanças públicas", declaram os três organismos em comunicado.

Neste sentido, a "troika" opina que uma das receitas para "limitar efeitos de possível contágio" é "continuar com a forte política de aplicação" das medidas fixadas para a Irlanda.

Entre as questões avaliadas durante as duas últimas semanas, a missão assinala que o crescimento da economia do país durante 2011 voltará a ser "modesto" e "positivo", enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) real se estabilizou durante o primeiro trimestre.

Também foram destacados os progressos para reestruturar o sistema bancário irlandês, origem da grave crise econômica registrada no país desde 2008, e transformá-lo em um setor "saudável", de acordo com o tamanho da economia do país.

Como afirmou nesta quinta-feira o ministro de Finanças irlandês, a instituição de empréstimos pessoais EBS Building Society e o segundo banco nacional, o Allied Irish Bank (AIB), um dos dois bancos "pilares" sobre os quais girará o sistema financeiro irlandês a partir de agora, completaram sua fusão em 1º de julho.

Também foi finalizada nessa mesma data a fusão entre o Anglo Irish Bank e o Irish Nationwide Building Society, que passa agora a se chamar Irish Bank Resolution Company (IBRC) e cujo destino a longo prazo será sua total dissolução.

Em sua nota, os três organismos lembraram que, durante o primeiro semestre do ano, o déficit primário (diferença entre as despesas e a receita do Estado) ficou em 8,4 bilhões de euros, abaixo do teto de 10,1 bilhões fixados pela UE e o FMI.

De acordo com esse programa, Dublin deve aplicar medidas de ajuste para economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano, de modo que possa reduzir seu déficit público para abaixo dos 10% do PIB, meta que, segundo a "troika", será concluída durante 2011.

Para a próxima revisão, prevista para setembro, a UE, o FMI e o BCE esperam receber um programa mais detalhado do chamado "plano de consolidação", cujo objetivo é reduzir o déficit público para até 3% do PIB em 2015.

"As autoridades estão progredindo em matéria de reformas estruturais. Para incentivar a criação de emprego, o governo está trabalhando com os agentes sociais para desenvolver planos de reforma e fechar acordos sobre salários em setores nos quais o desemprego tende a ser alto", assinala o comunicado.

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Dublin - Uma missão da União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) certificou nesta quinta-feira que a Irlanda está cumprindo com "solidez" as condições impostas no resgate financeiro ao país.

Dois dias depois de a agência de classificação Moody's situar a dívida irlandesa no nível do bônus lixo, a UE, o FMI e o BCE sublinharam os "fortes" progressos do governo irlandês para manter o rumo fixado em seu programa de resgate, no valor de 85 bilhões de euros

"As tensões nos mercados de dívida soberana cresceram durante a visita, mas o programa de financiamento está amortecendo seu impacto na economia irlandesa e suas finanças públicas", declaram os três organismos em comunicado.

Neste sentido, a "troika" opina que uma das receitas para "limitar efeitos de possível contágio" é "continuar com a forte política de aplicação" das medidas fixadas para a Irlanda.

Entre as questões avaliadas durante as duas últimas semanas, a missão assinala que o crescimento da economia do país durante 2011 voltará a ser "modesto" e "positivo", enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) real se estabilizou durante o primeiro trimestre.

Também foram destacados os progressos para reestruturar o sistema bancário irlandês, origem da grave crise econômica registrada no país desde 2008, e transformá-lo em um setor "saudável", de acordo com o tamanho da economia do país.

Como afirmou nesta quinta-feira o ministro de Finanças irlandês, a instituição de empréstimos pessoais EBS Building Society e o segundo banco nacional, o Allied Irish Bank (AIB), um dos dois bancos "pilares" sobre os quais girará o sistema financeiro irlandês a partir de agora, completaram sua fusão em 1º de julho.

Também foi finalizada nessa mesma data a fusão entre o Anglo Irish Bank e o Irish Nationwide Building Society, que passa agora a se chamar Irish Bank Resolution Company (IBRC) e cujo destino a longo prazo será sua total dissolução.

Em sua nota, os três organismos lembraram que, durante o primeiro semestre do ano, o déficit primário (diferença entre as despesas e a receita do Estado) ficou em 8,4 bilhões de euros, abaixo do teto de 10,1 bilhões fixados pela UE e o FMI.

De acordo com esse programa, Dublin deve aplicar medidas de ajuste para economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano, de modo que possa reduzir seu déficit público para abaixo dos 10% do PIB, meta que, segundo a "troika", será concluída durante 2011.

Para a próxima revisão, prevista para setembro, a UE, o FMI e o BCE esperam receber um programa mais detalhado do chamado "plano de consolidação", cujo objetivo é reduzir o déficit público para até 3% do PIB em 2015.

"As autoridades estão progredindo em matéria de reformas estruturais. Para incentivar a criação de emprego, o governo está trabalhando com os agentes sociais para desenvolver planos de reforma e fechar acordos sobre salários em setores nos quais o desemprego tende a ser alto", assinala o comunicado.

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