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UE e Geórgia alcançam pré-acordo de associação na Lituânia

A União Europeia (UE) e Geórgia alcançaram um pré-acordo de associação


	Bandeira da União Européia: "este não é um acordo sobre a entrada da Geórgia na UE", disse vice-ministro das Relações Exteriores da Geórgia
 (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

Bandeira da União Européia: "este não é um acordo sobre a entrada da Geórgia na UE", disse vice-ministro das Relações Exteriores da Geórgia (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 12h31.

Vilnius - A União Europeia (UE) e Geórgia alcançaram nesta quinta-feira um pré-acordo de associação na capital lituana horas antes do início da cúpula da Associação Oriental, na qual Ucrânia, Moldávia, Azerbaijão, Armênia e Belarus também participam.

"Este não é um acordo sobre a entrada da Geórgia na UE, mas com este documento o processo de integração ganha um caráter irreversível", assegurou David Zalkaliani, vice-ministro das Relações Exteriores da Geórgia.

O diplomata assegurou que com este documento, cuja assinatura só será realizada amanhã, o país do Cáucaso já "se encontra dentro dos marcos jurídicos da integração na UE".

O novo presidente da Geórgia, Giorgi Margvelashvili, que substituiu recentemente Mikhail Saakashvili, aliado do Ocidente na região, também se encontra na capital lituana.

Moldávia, o país mais pobre da Europa, também assinará amanhã um pré-acordo de associação com os 28, da mesma forma que um convênio que facilitará a concessão de vistos aos seus trabalhadores.

A cúpula de Vilnius, a terceira na história da Associação Oriental, está marcada pela renúncia da Ucrânia - em último momento - de assinar um Acordo de Associação com a UE, o qual pressupunha a criação de uma zona de livre-comércio.


"Quando alcançarmos um nível (econômico) que seja confortável para nós, quando este servir nossos interesses e quando pactuarmos condições normais, então falaremos da assinatura (do acordo)", declarou o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, às vésperas de sua viagem a Vilnius.

Yanukovich assegurou que as condições impostas pela UE para assinatura do acordo eram humilhantes para a Ucrânia e que tal união poderia supor um desastre econômico para seu país.

De acordo com Bruxelas, a recusa ucraniana está relacionada às pressões da Rússia, que advertiu que, no caso de um acordo entre Ucrânia e UE, tomaria medidas protecionistas para impedir o acesso dos produtos ucranianos ao seu mercado.

Armênia e Belarus também deram as costas à Europa e optaram por se integrar à União Aduaneira, formada pela Rússia e Cazaquistão.

A cúpula começará nesta tarde com um jantar de trabalho dos chefes de Estado e Governo que acontecerá no Palácio dos Grandes Duques da Lituânia. A sessão plenária da cúpula, no entanto, ocorre somente amanhã, quando as autoridades envolvidas oferecerão uma entrevista coletiva.

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