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UE deve discutir futuro da Irlanda após Brexit

Líderes do bloco se reúnem em Bruxelas para aprovar as diretrizes para as negociações do divórcio com o Reino Unido, que deve ocorrer em março de 2019

Irlanda: o país não deve romper com o Reino Unido no futuro próximo, mas a maioria da população norte-irlandesa votou para seguir na UE no plebiscito de junho passado (Drew Angerer/Getty Images)

Irlanda: o país não deve romper com o Reino Unido no futuro próximo, mas a maioria da população norte-irlandesa votou para seguir na UE no plebiscito de junho passado (Drew Angerer/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2017 às 22h01.

Bruxelas - A União Europeia deve avaliar se a Irlanda do Norte poderia entrar no bloco no futuro caso a população local vote para se unir com a Irlanda, um Estado-membro da UE, disseram funcionários europeus nesta sexta-feira.

Líderes do bloco se reúnem em Bruxelas para aprovar as diretrizes para as negociações do divórcio com o Reino Unido, que deve ocorrer em março de 2019.

Duas autoridades da UE disseram que é provável que o caso da Irlanda seja discutido na reunião, que não terá a presença da premiê britânica, Theresa May.

As autoridades pediram anonimato, já que o encontro de 27 líderes ainda está em preparação.

As relações futuras entre a Irlanda e o Reino Unido, inclusive como as fronteiras devem ser com Londres fora do bloco, são um problema importante durante as negociações do chamado Brexit.

A Irlanda do Norte não deve romper com o Reino Unido no futuro próximo, mas a maioria da população norte-irlandesa votou para seguir na UE no plebiscito de junho passado.

O Reino Unido será o primeiro país a deixar a UE.

Em carta no mês passado, o secretário de Estado para a saída da União Europei, David Davis, confirmou que o Reino Unido honrará seu compromisso de permitir que a Irlanda do Norte deixe o país, caso a maioria da população local vote para isso.

O compromisso está contido no acordo que levou ao compartilhamento do poder na Irlanda do Norte. Conflitos no país causaram antes desse pacto cerca de 3.700 mortes, entre 1968 e 1998.

Autoridades dizem que a possibilidade de que a Irlanda do Norte possa se unir com a Irlanda não pode ser comparada com a chance de que a Escócia possa deixar o Reino Unido.

Elas dizem que é mais algo similar à unificação da Alemanha, onde um membro existente cresce, em vez da entrada de uma nova nação no grupo.

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