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UE decide adotar novas sanções contra a Rússia

Todos os 28 membros do bloco foram favoráveis às novas medidas, que serão divulgadas oficialmente na segunda


	Separatistas pró-Rússia diante de trens destruídos na cidade ucraniana de Ilovaysk
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia diante de trens destruídos na cidade ucraniana de Ilovaysk (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 21h26.

São Paulo - Apesar do acordo de cessar-fogo assinado na manhã desta sexta-feira pela Ucrânia e por separatistas pró-Rússia, a União Europeia decidiu pela tarde adotar mais sanções econômicas contra os russos, em reforço às que foram anunciadas em julho.

Todos os 28 membros do bloco foram favoráveis às novas medidas, que serão divulgadas oficialmente na segunda-feira e entram em vigor na próxima terça-feira.

A principal sanção é restringir o acesso aos mercados de capitais por parte de empresas estatais russas de energia e de defesa, segundo vários diplomatas ouvidos. Além disso, a UE vai limitar ainda mais as exportações de bens que são úteis a civis e militares.

Há também a proibição de viagens e congelamento de bens de 24 novas pessoas que estão diretamente ligadas aos rebeldes, lista da qual fazem parte algumas autoridades russas, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

A Rússia já avisou que vai reagir às medidas, como fez no mês passado, quando suspendeu por um ano as importações de alimentos da UE e dos Estados Unidos depois de ter sofrido as primeiras sanções em julho.

Para o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, as novas medidas "dão condições à UE de dar respostas efetivas em um curto prazo". "Elas também vão reforçar o principal interesse do bloco: interromper as intervenções russas na Ucrânia", disse.

Nesta sexta-feira, vários líderes da UE que participam de encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no País de Gales, anteciparam que o bloco iria continuar com as sanções, mesmo com a confirmação do cessar-fogo na Ucrânia.

No entanto, eles afirmaram que as novas restrições podem ficar piores se houver evidência clara de que os russos não estão cumprindo o acordo.

Para isso, será feito um monitoramento permanente na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, com o objetivo de garantir a retirada dos grupos armados ilegais da Ucrânia e das forças russas que operam ilegalmente em território ucraniano.

No encontro da Otan, o presidente dos EUA, Barack Obama, mostrou ceticismo em relação ao acordo entre a Ucrânia e separatistas.

Para ele, a maneira mais efetiva de garantir a aplicação do cessar-fogo é seguindo em frente com novas sanções, com o objetivo de pressionar a Rússia.

O presidente dos EUA acredita que as primeiras sanções econômicas são responsáveis por fazer a Rússia negociar.

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