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UE aceita negociar limite a gratificações de banqueiros

Os países-membros apoiaram o início das negociações, apesar da oposição do Reino Unido


	Parlamento europeu: na semana passada, foi decidido que a remuneração variável dos banqueiros não pode superar o equivalente a dois salários fixos
 (AFP/ Frederick Florin)

Parlamento europeu: na semana passada, foi decidido que a remuneração variável dos banqueiros não pode superar o equivalente a dois salários fixos (AFP/ Frederick Florin)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 13h55.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) apoiaram nesta terça-feira o início das negociações formais com o Parlamento Europeu sobre a medida que estabelecerá novos requisitos de capital aos bancos e limites para as gratificações recebidas pelos banqueiros, apesar da oposição do Reino Unido.

"Tendo em vista que temos uma grande maioria a favor do pacote de compromisso, vamos convidar o Coreper (representantes permanentes dos países na UE) a finalizar as negociações com o Parlamento Europeu", afirmou Michael Noonan, ministro das Finanças da Irlanda.

As conversas entre o Conselho Europeu e os eurodeputados serão feitas tendo como base o acordo alcançado por ambas as instituições na semana passada, que estabelece que a remuneração variável dos banqueiros não pode superar o equivalente ao salário fixo ou o correspondente a duas vezes essa quantidade.

O Parlamento Europeu advertiu por meio de um comunicado que não vê razões para mudar os termos do acordo estabelecido na semana passada e indicou que deverá votar a iniciativa na sessão plenária de abril.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, lamentou que os vinte e sete membros da UE tenham sido incapazes de alcançar um acordo e disse que "colocar um limite aos bônus tornará o sistema econômico mais justo e seguro".

O Reino Unido explicou que não apoiou a atual proposta por temer ser prejudicado frente a outros centros financeiros como Nova York ou Cingapura, mas não descartou respaldar a iniciativa no futuro se foram acrescentados detalhes técnicos.

O ministro britânico de Finanças, George Osborne, disse que a preocupação de Londres é que proposta poderia "subir os salários e tornar mais difícil deter as gratificações quando as coisas vão mal ou fazer com que os bancos paguem por seus erros ao invés dos contribuintes". 

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