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Ucrânia negocia ajuda dos EUA e Otan, diz primeiro-ministro

Ucrânia negocia com o Ministério da Defesa dos Estados Unidos e com as estruturas da Otan uma ajuda técnico-militar


	Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro da Ucrânia: no entanto, Arseni garantiu que Ucrânia não contempla nenhuma outra solução que não seja pacífica para conflito
 (Alex Kuzmin/Reuters)

Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro da Ucrânia: no entanto, Arseni garantiu que Ucrânia não contempla nenhuma outra solução que não seja pacífica para conflito (Alex Kuzmin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 14h00.

Kiev - A Ucrânia negocia com o Ministério da Defesa dos Estados Unidos e com as estruturas da Otan uma ajuda técnico-militar para o país, disse nesta sexta-feira o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, ao chegar de viagem a Washington.

"No que se refere à ajuda militar, mantemos negociações bilaterais e multilaterais sobre a ajuda técnica, e um de seus pontos são as consultas entre os ministérios de Defesa da Ucrânia e dos EUA, e também de acordo com nossa cooperação com a Aliança (Otan)", disse Yatseniuk.

O primeiro-ministro, no entanto, garantiu que a Ucrânia não contempla nenhuma outra solução que não seja pacífica para seu conflito com a Rússia, que ocupou a separatista república da Crimeia.

"Todas as medidas que o mundo civilizado pode nos fornecer para ajudar tecnologicamente as Forças Armadas da Ucrânia estão sendo levadas a cabo. Mas é preciso se ter claro que neste momento é responsabilidade exclusiva das Forças Armadas do Estado ucraniano", acrescentou.

O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, disse que não ordenará o envio de tropas para a Crimeia para não deixar desprotegida a fronteira oriental do país, com a Rússia.

Por sua vez, o ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniukh, afirmou que as Forças Armadas da Ucrânia não têm meios para responder à intervenção militar da Rússia e lamentou que apenas seis soldados dos 41 mil que integram as tropas do exército estejam preparados para o combate.

O ministro disse ainda que a Forças Armadas não podem fazer frente aos mais de 220 mil soldados desdobrados pela Rússia junto à fronteira com a Ucrânia, um contingente que supera amplamente em número todos os efetivos do exército ucraniano.

Nas últimas semanas, a Rússia intensificou suas manobras militares por todo seu território, mas sobretudo nas zonas de fronteira com a Ucrânia, em meio a uma escalada de tensão com esse país pela intervenção militar na república autônoma ucraniana da Crimeia.

Desde o final de fevereiro, as tropas russas assumiram o controle quase total da região rebelde, que se prepara para decidir em um referendo convocado para domingo uma reunificação com a Rússia, país que integrou até 1954. 

*Atualizada às 14h00 do dia 14/03/2014

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