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Ucrânia começa construção de novo sarcófago sobre Chernobyl

As obras utilizarão 550 milhões de euros arrecadados durante uma conferência internacional realizada no ano passado

As obras do sarcófago, que vai garantir a segurança do reator durante o próximo século, seguirão até 2015 (Sergey Supinski/AFP)

As obras do sarcófago, que vai garantir a segurança do reator durante o próximo século, seguirão até 2015 (Sergey Supinski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 08h15.

Kiev - A Ucrânia começa nesta quinta-feira, a construção do sarcófago sobre o quarto reator da usina nuclear de Chernobyl, em um evento que lembrará o 26º aniversário da maior catástrofe atômica da história.

Segundo o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, as obras utilizarão 550 milhões de euros arrecadados durante uma conferência internacional realizada no ano passado, informaram as agências do país. Com o valor, a construirá o novo sarcófago e implementará vários programas de desativação da usina.

As obras do sarcófago, que vai garantir a segurança do reator durante o próximo século, seguirão até 2015, afirmou o ministro de Situações de Emergência ucraniano, Viktor Baloga.

Segundo o Greenpeace, o atual cubo de concreto sobre o reator, construído no período soviético, está cheio de fendas de até cem metros e com buracos por onde sai água radioativa. Diante disso, o Governo da Ucrânia queria ter começado a construção do sarcófago há anos, mas teve que adiar por falta de financiamento.

Em setembro de 2007, o consórcio francês Novarka assinou um contrato para construir em cinco anos o segundo sarcófago, após ganhar o concurso internacional convocado por Kiev. O novo sarcófago, que cobrirá o atual de aço e concreto, será um cubo com cumprimento de 257 metros, largura de 150 m e altura de 108 m.

A usina de Chernobyl foi fechada em 2000, mas ainda acolhe combustível nuclear e possui níveis de radiação superiores à norma. Por isso, ecologistas a consideram uma ameaça. Da mesma forma, as autoridades ucranianas destacaram que os reatores um, dois e três da central, fechados em dezembro de 2000, possuem o perigo de radiação muito presente.

O Governo pretende desativar totalmente a usina e territórios adjacentes de Chernobyl em 2018, e enterrar as 200 toneladas de combustível nuclear sob a central com ajuda da companhia americano Holtec International. EFE

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