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Ucrânia abre nova investigação criminal contra Timoshenko

Na terça-feira, a ex-primeira-ministra foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder

A condenação da líder opositora recebeu duras críticas da União Europeia, com a qual Ucrânia quer assinar neste ano acordo de associação que inclui uma zona de livre-comércio (Sergei Supinsky/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 11h20.

Kiev - O Conselho de Segurança da Ucrânia (CSU) anunciou nesta quinta-feira a abertura de uma nova investigação criminal contra a ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko.

'Timoshenko é a acusada de tentativa de desvio de recursos públicos durante seu período como presidente e proprietária de fato da corporação nacional sistemas energéticos unidos da Ucrânia', declarou Ivan Derevianko, chefe do departamento de pesquisas do CSU.

Pela acusação, a então presidente do organismo, em conivência com o então primeiro-ministro da Ucrânia, Pavel Lazarenko, administrou mal o dinheiro público ao contrair uma dívida com o Ministério da Defesa russo no valor de US$ 405 milhões.

A acusação oficial contra Timoshenko por 'desvio e apropriação indevida de recursos públicos com o agravante de exceder-se no exercício das funções públicas' (artigo 191 do Código Penal da Ucrânia) foi apresentada na quarta-feira, assinalou Derevianko, quem acrescentou que a investigação policial segue em curso.

A ex-primeira-ministra ucraniana, condenada na terça-feira a sete anos de prisão por abuso de poder durante a assinatura de contratos de gás com a Rússia, dirigiu a corporação SEUU em 1995.

'O Governo segue regulando reivindicações de pagamento de dívidas. Por exemplo, a reivindicação do Ministério da Defesa russo que quer a devolução de US$ 405 milhões da tristemente conhecida (corporação) sistemas energéticos unidos da Ucrânia da senhora Timoshenko', disse ontem o primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov.

Em 15 de julho, Inna Bogoslovskaya, chefe interina da Comissão de Investigação do Parlamento da Ucrânia, acusou a líder da oposição no país de sentir-se dependente de Moscou na hora de assinar contratos de gás em 2009 devido às dívidas com a defesa russa.

'As empresas privadas de Timoshenko, que pertenciam a ela e a membros de sua família, seguem endividando US$ 405 milhões ao Ministério da Defesa da Rússia', denunciou então a deputada do governamental Partido das Regiões.

A líder opositora ucraniana, que segundo o tribunal deu instruções para a assinatura de acordos de gás com a Rússia que representaram perdas de US$ 200 milhões para o consórcio nacional de gás da Ucrânia, foi declarada na terça-feira culpado pelo delito de abuso de poder.

Além disso, perdeu por três anos os direitos políticos de exercer cargos públicos e terá de pagar quase US$ 200 milhões para reparar os danos causados pelos contratos de gás.

A condenação de Timoshenko, que denuncia que sua perseguição judicial foi ordenada pelo presidente Viktor Yanukovich para separá-la da política, recebeu duras críticas da União Europeia, com a qual Ucrânia quer assinar neste ano acordo de associação que inclui uma zona de livre-comércio.

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Kiev - O Conselho de Segurança da Ucrânia (CSU) anunciou nesta quinta-feira a abertura de uma nova investigação criminal contra a ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko.

'Timoshenko é a acusada de tentativa de desvio de recursos públicos durante seu período como presidente e proprietária de fato da corporação nacional sistemas energéticos unidos da Ucrânia', declarou Ivan Derevianko, chefe do departamento de pesquisas do CSU.

Pela acusação, a então presidente do organismo, em conivência com o então primeiro-ministro da Ucrânia, Pavel Lazarenko, administrou mal o dinheiro público ao contrair uma dívida com o Ministério da Defesa russo no valor de US$ 405 milhões.

A acusação oficial contra Timoshenko por 'desvio e apropriação indevida de recursos públicos com o agravante de exceder-se no exercício das funções públicas' (artigo 191 do Código Penal da Ucrânia) foi apresentada na quarta-feira, assinalou Derevianko, quem acrescentou que a investigação policial segue em curso.

A ex-primeira-ministra ucraniana, condenada na terça-feira a sete anos de prisão por abuso de poder durante a assinatura de contratos de gás com a Rússia, dirigiu a corporação SEUU em 1995.

'O Governo segue regulando reivindicações de pagamento de dívidas. Por exemplo, a reivindicação do Ministério da Defesa russo que quer a devolução de US$ 405 milhões da tristemente conhecida (corporação) sistemas energéticos unidos da Ucrânia da senhora Timoshenko', disse ontem o primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov.

Em 15 de julho, Inna Bogoslovskaya, chefe interina da Comissão de Investigação do Parlamento da Ucrânia, acusou a líder da oposição no país de sentir-se dependente de Moscou na hora de assinar contratos de gás em 2009 devido às dívidas com a defesa russa.

'As empresas privadas de Timoshenko, que pertenciam a ela e a membros de sua família, seguem endividando US$ 405 milhões ao Ministério da Defesa da Rússia', denunciou então a deputada do governamental Partido das Regiões.

A líder opositora ucraniana, que segundo o tribunal deu instruções para a assinatura de acordos de gás com a Rússia que representaram perdas de US$ 200 milhões para o consórcio nacional de gás da Ucrânia, foi declarada na terça-feira culpado pelo delito de abuso de poder.

Além disso, perdeu por três anos os direitos políticos de exercer cargos públicos e terá de pagar quase US$ 200 milhões para reparar os danos causados pelos contratos de gás.

A condenação de Timoshenko, que denuncia que sua perseguição judicial foi ordenada pelo presidente Viktor Yanukovich para separá-la da política, recebeu duras críticas da União Europeia, com a qual Ucrânia quer assinar neste ano acordo de associação que inclui uma zona de livre-comércio.

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