Turquia lidera apelo na ONU com 53 países que pede suspensão da venda de armas a Israel
Grupos de direitos humanos solicitaram que países que vendem armas aos israelenses interrompam esse fornecimento
Agência de Notícias
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 11h46.
A Turquia pediu aos países membros da ONU que interrompam todas as transferências de armas, munições e equipamentos militares para Israel porque “provavelmente serão usados nos territórios palestinos ocupados”.
O apelo, que a missão da Turquia na ONU postou em sua conta no X (ex-Twitter), foi inicialmente copatrocinado por 18 países, liderados pela Turquia e pelo governo palestino, e já recebeu a adesão de mais 35, incluindo o Brasil, além da Organização de Cooperação Islâmica.
A maioria dos signatários são países muçulmanos, e dos países europeus, apenas a Noruega aderiu.
A carta, que foi enviada ao secretário geral da ONU, ao Conselho de Segurança e à Assembleia Geral, afirma: “Devemos agir urgentemente para acabar com o sofrimento humano extremo e a desestabilização que pode levar a uma guerra aberta na região” e, para esse fim, os Estados membros “devem tomar medidas imediatas”.
O embargo de armas a Israel, solicitado por grupos de direitos humanos e organizações pró-palestinas, teve pouca resposta dos países que normalmente vendem armas a Israel, como EUA, Alemanha, Reino Unido e Itália.
Desses países, apenas o Reino Unido tomou uma medida restritiva, quase simbólica: suspender 30 licenças de venda de armas das mais de 300 existentes para empresas britânicas.