Mundo

Tufão mais poderoso em 25 anos deixa 1,6 milhão de casas sem luz no Japão

Tufão Jebi atingiu o Japão nesta terça, feriu 200 pessoas e deixou 1,61 milhão de casas temporariamente sem luz

Tufão Jebi: vários shoppings e pontos turísticos das cidades de Osaka, Kioto e Nagoya foram fechados (TWITTER/ @R10N_SR//Reuters)

Tufão Jebi: vários shoppings e pontos turísticos das cidades de Osaka, Kioto e Nagoya foram fechados (TWITTER/ @R10N_SR//Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 15h57.

Última atualização em 4 de setembro de 2018 às 16h06.

Tóquio - O tufão Jebi, o mais poderoso a chegar ao Japão nos últimos 25 anos, causou a inundação do Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka, e outras graves interrupções dos transportes, além de vários danos materiais na região oeste do país nesta terça-feira.

Ele atingiu violentamente a metade do território deixando chuvas torrenciais, transbordamento de rios, ondas fortes e ventos que superaram os 210 km/h, conforme a Agência Meteorológica do Japão (JMA). Pelo menos sete pessoas morreram e 200 ficaram feridas, conforme dados das autoridades locais divulgados pela agência "Kyodo", em acidentes causados pelas sequências de vento. As fortes rajadas também danificaram construções e automóveis.

Em Osaka, o Aeroporto Internacional de Kansai foi inundado, o que causou o cancelamento de 205 voos e deixou 3 mil passageiros presos no terminal, segundo informou à Efe um porta-voz do aeroporto, o terceiro mais movimentado do país.

Quase 800 voos nacionais e internacionais foram cancelados hoje em todo o país, conforme dados fornecidos pelas companhias aéreas. Já as operações nas ferrovias foram suspensas nas duas principais linhas do trem de alta velocidade da metade oeste do arquipélago.

A Guarda Costeira do Japão informou da existência de vários barcos à deriva na Bahia de Osaka que perderam a ancoragem, entre eles um navio cisterna de combustível que ficou preso na ponte do aeroporto de Kansai, com a tripulação a bordo, embora sem carga.

Além disso, 1,61 milhão de casas ficaram temporariamente sem luz em Kansai e outros 95 mil imóveis também tiveram a energia cortada na Ilha de Shikoku.

A atividade econômica também foi afetada. As operações da Toyota foram suspensas em 14 fábricas e vários shoppings e pontos turísticos das cidades de Osaka, Kioto e Nagoya foram fechados.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem marcada para hoje pela região sudoeste do país, a mais castigada pelas chuvas de julho e que deixaram mais de 200 mortos.

Este é o 21º tufão que passa pelo Japão nesta temporada, que está especialmente intensa quanto a frequência e a intensidade. A previsão é de que o tufão avance durante as próximas horas para o norte e alcance a ilha de Hokkaido amanhã. Apesar de sua intensidade diminuir, a maior parte do país permanece em alerta diante do risco de inundações e deslizamentos de terra.

Jebi é o primeiro tufão catalogado como "muito forte" pela Agência Meteorológica do Japão a chegar ao arquipélago desde 1993, quando outro fenômeno com as mesmas caraterísticas deixou 48 mortos e desaparecidos.

Acompanhe tudo sobre:Desastres naturaisJapãoMortesTufões

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado