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Trump vincula criminalidade no Reino Unido com islamismo radical

O presidente se referiu a um relatório, que detalha que, entre junho de 2016 e junho de 2017, os crimes aumentaram 13% em relação aos 12 meses anteriores

Trump: No relatório da ONS, são contabilizados os ataques terroristas de Londres e Manchester no índice de homicídios, que foi de 664 entre junho de 2016 e junho de 2017 (Carlos Barria/Reuters)

Trump: No relatório da ONS, são contabilizados os ataques terroristas de Londres e Manchester no índice de homicídios, que foi de 664 entre junho de 2016 e junho de 2017 (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 11h40.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira em seu perfil no Twitter que o aumento dos crimes na Inglaterra e no País de Gales está relacionado com a "expansão generalizada do terrorismo do islamismo radical".

O presidente americano se referiu a um relatório publicado ontem pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, sigla em inglês) do Reino Unido, que detalha que, entre junho de 2016 e junho de 2017, a polícia registrou 5,2 milhões de crimes na Inglaterra e em Gales, o que representa um aumento de 13% em relação aos 12 meses anteriores.

"Acaba de sair um relatório: 'O crime no Reino Unido cresce 13% ao ano pela expansão generalizada do terrorismo do islamismo radical'. Isto não é bom, devemos manter os Estados Unidos seguros!", disse Trump no Twitter.

No relatório da ONS, são contabilizados os ataques terroristas de Londres e Manchester no índice de homicídios, que foi de 664 entre junho de 2016 e junho de 2017.

Concretamente, o relatório afirma que as "tendências recentes em homicídios foram afetadas pelo registro de incidentes nos quais houve múltiplas vítimas", como o ataque em março na ponte de Westminster, em Londres, e a explosão em maio em Manchester.

Assim, segundo o boletim, dos 664 homicídios registrados, 35 estavam relacionados com os ataques em Londres e Manchester.

A mensagem de Trump no Twitter, na qual ele insiste na necessidade de "manter os Estados Unidos seguros", chega depois que um juiz do Havaí bloqueou parcialmente seu novo veto migratório, cuja entrada em vigor estava prevista para 18 de outubro.

O magistrado do Havaí e, posteriormente, outro juiz de Maryland, consideraram que o veto deveria ser suspenso para que seja analisado em profundidade se Trump pretende criar um "veto muçulmano" para proibir a entrada de seguidores dessa religião nos EUA, algo que violaria o direito à liberdade religiosa contemplado na Constituição.

Com isso, ficou suspensa uma parte do veto que buscava restringir a entrada nos EUA dos cidadãos de seis países com maioria muçulmana (Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Somália e Chade).

No entanto, entrou em vigor uma parte do veto que se refere à Coreia do Norte e à Venezuela, onde quase não há muçulmanos.

Em relação à Venezuela, o veto não atinge a maior parte da população, apenas alguns funcionários do governo e seus "familiares mais próximos".

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