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Trump se diz vítima de 'assédio sem fim' de parte dos democratas

Magnata se referiu ao aprofundamento de investigação sobre seus vínculos com a Rússia pelo comitê da Câmara controlado por seus opositores

Donald Trump: Presidente se diz vítima de perseguição por opositores (Alex Wong/Getty Images)

Donald Trump: Presidente se diz vítima de perseguição por opositores (Alex Wong/Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 19h56.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se declarou nesta quinta-feira (7) vítima de um "assédio presidencial sem fim", ao criticar fortemente os democratas por investigar suas relações com a Rússia e destacar que estão "ficando loucos".

"ASSÉDIO PRESIDENCIAL! Nunca se deve permitir que volte a ocorrer!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Trump considerou que desatou "uma continuação da caça às bruxas" com o anúncio do aprofundamento de uma investigação sobre seus vínculos com a Rússia pelo Comitê de Inteligência na Câmara de Representantes, controlada desde o começo de janeiro por seus oponentes democratas.

Adam Schiff, congressista democrata que preside este comitê, disse que vai investigar as suspeitas de convivência entre Trump e o governo da Rússia e também acusações mais amplas de irregularidades financeiras no círculo íntimo do presidente.

O poderoso comitê vai trabalhar em paralelo com uma investigação muito avançada chefiada pelo procurador especial Robert Mueller sobre supostos vínculos entre Trump e agentes russos durante a campanha eleitoral de 2016 que acabou levando-o à Casa Branca.

"O congressista Adam Schiff anuncia, depois de não ter encontrado nenhuma conclusão (de interesses) russa, que vao ver todos os aspectos da minha vida, tanto financeiros quanto pessoais, embora não haja nenhuma razão para fazê-lo. Nunca antes tinha acontecido! Assédio presidencial sem fim...", tuitou Trump.

O procurador-geral interino de Trump, Matthew Whitaker, tem previsto comparecer perante o Comitê Judicial da Câmara de Representantes na sexta-feira. O comitê está ameaçando com uma declaração se se negar a declarar e entregar comunicações que teve com o presidente em relação à investigação de Mueller sobre ingerência russa.

Trump declarou várias vezes sua inocência, alegando que as recentes investigações, que também as de procuradores federais em Nova York, têm motivações políticas.

No entanto, Mueller já apresentou queixas contra seis pessoas vinculadas a Trump no âmbito de sua investigação sobre vínculos com o governo russo de Vladimir Putin.

Na noite de terça-feira, em seu discurso sobre o Estado da União no Congresso, Trump denunciou com virulência incomum as investigações "ridículas" e "parciais", fazendo alusão principalmente à realizada por Mueller.

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