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Trump sabia de mentira de assessor que renunciou, diz jornal

Michael Flynn renunciou na segunda-feira após ter mentido para o vice-presidente sobre seus contatos com a Rússia

Donald Trump: a Casa Branca não conseguiu controlar o escândalo (Mark Wilson/Getty Images)

Donald Trump: a Casa Branca não conseguiu controlar o escândalo (Mark Wilson/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 08h34.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 08h34.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, não soube até a última quinta-feira que Michael Flynn, o ex-conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, o tinha enganado, semanas após o presidente ter sido fosse informado sobre isso, segundo publicou na terça-feira o jornal "The Washington Post".

"O vice-presidente soube que ele tinha recebido informações incompletas na última quinta-feira à noite pelos veículos de imprensa", disse ao jornal, Marc Lotter, um porta-voz de Pence, sobre o conteúdo dos contatos de Flynn com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak.

Pence, mal informado, tinha chegado a defender nos meios de comunicação que Flynn e Kislyak "não falaram qualquer coisa sobre" as sanções dos EUA à Rússia por uma suposta interferência eleitoral, tema que foi abordado na conversa entre o embaixador russo e o conselheiro de Trump.

De acordo com Lotter, o vice-presidente indagou sobre o assunto após se informar pelos veículos de imprensa do ocorrido.

Naquele momento, Donald Trump já fazia duas semanas exatas que tinha sido informado de toda verdade pelo Departamento de Justiça, conhecedor dos contatos pelas intervenções da inteligência, segundo reconheceu nesta terça a Casa Branca.

A então procuradora-geral interina, Sally Yates, demitida mais tarde pelo presidente americano por insubordinação, informou no dia 26 de janeiro do que tinha ocorrido ao assistente presidencial, Donald McGahn, que por sua vez o transmitiu a Trump e a um grupo reduzido de autoridades, mas que não passaram para Mike Pence.

Flynn renunciou na segunda-feira, pressionado por Donald Trump depois que a Casa Branca não conseguiu controlar o escândalo que se tornou o caso de um conselheiro do presidente mentiu para o vice-presidente sobre seus contatos com o Kremlin.

Em algumas dessas ligações telefônicas, admitido agora por Flynn, ele e Kislyak falaram sobre as sanções contra o Kremlin que o ex-presidente Barack Obama impôs antes de deixar a Casa Branca.

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