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Trump revisará regulamentações ambientais do setor automotivo

Em Michigan, o presidente anunciou que serão examinados os objetivos da Agência de Proteção Ambiental para o período 2022-2025

Donald Trump: "Asseguraremos que toda nossa legislação proteja seus empregos e suas fábricas" (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: "Asseguraremos que toda nossa legislação proteja seus empregos e suas fábricas" (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de março de 2017 às 19h02.

O presidente Donald Trump, que quer reduzir a regulamentação ambiental nos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira em Detroit uma revisão das normas de consumo dos veículos novos, uma iniciativa comemorada pelas montadoras de automóveis.

De Michigan, considerada a capital americana do automóvel, o presidente americano anunciou que serão examinados os objetivos fixados pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) para o período 2022-2025, e a abertura de um novo período de consultas.

Trump anunciou seu cancelamento e denunciou a decisão "de última hora" de limitar as emissões de gases de efeito estufa de seu antecessor, o democrata Barack Obama, que colocou a luta contra a mudança climática como uma de suas prioridades.

"Asseguraremos que toda nossa legislação proteja seus empregos e suas fábricas", garantiu.

Os dirigentes dos grandes grupos automotivos "aplaudiram" esta decisão, que eles mesmos solicitaram em carta ao novo presidente há algumas semanas.

"No fim, estas decisões têm impacto nos mais de sete milhões de americanos cujos empregos dependem do setor automotivo", destacaram em um comunicado.

A lei Cafe (Corporate Average Fuel Economy) impõe às montadoras dos Estados Unidos uma média de consumo por milha percorrida para todas as suas empresas. Este texto os obriga a fabricar modelos "moderados" para continuar vendendo seus produtos mais interessantes, como os SUV e as pick-ups.

A Casa Branca afirma que as leis foram impostas apressadamente pela administração Obama, sem levar em consideração a realidade do mercado, as limitações de vários atores do setor e as expectativas comerciais.

As organizações de defesa do meio ambiente denunciaram a iniciativa da Casa Branca, que consideram um retrocesso na luta contra a mudança climática.

"Não há dúvidas de que as normas atuais são razoáveis e realizáveis", considerou Kristin Igusky, do World Resources Institute. "O setor dos transportes superou o da energia como principal fonte de poluição nos Estados Unidos", acrescentou.

O chefe dos senadores democratas, Chuck Schumer, denunciou um "assalto" do governo contra as normas ambientais, que "reduzem a dependência energética do país, criam empregos e permitem lutar contra a mudança climática e a contaminação do ar".

Desde que tomou posse, Trump reiterou sua intenção de acabar com um número considerável de leis ambientais que considera inúteis, argumentado que prejudicam a criação de empregos no país.

Scott Pruitt, ex-procurador-geral de Oklahoma, era um dos oponentes mais ferrenhos da EPA antes de ser designado por Trump para liderar a agência.

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