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Trump procura maneira de romper com acordo de Paris, diz fonte

Trump classificou o aquecimento global de farsa e prometeu romper com o Acordo de Paris

Trump: "foi uma irresponsabilidade o Acordo de Paris entrar em vigor antes da eleição" de terça-feira, disse a fonte (Carlo Allegri/Reuters)

Trump: "foi uma irresponsabilidade o Acordo de Paris entrar em vigor antes da eleição" de terça-feira, disse a fonte (Carlo Allegri/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 10h41.

Última atualização em 14 de novembro de 2016 às 10h42.

Marrocos - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está procurando maneiras rápidas de retirar seu país do acordo global de combate à mudança climática, disse uma fonte de sua equipe de transição, desafiando o amplo apoio mundial ao plano de corte de emissões de gases de efeito estufa.

Desde a vitória de Trump na terça-feira, governos que vão da China a pequenos Estados-ilha reafirmaram seu apoio ao Acordo de Paris de 2015 durante as conversas sobre o clima que transcorrem em Marrakesh, no Marrocos, até sexta-feira com 200 nações.

Trump classificou o aquecimento global de farsa e prometeu romper com o Acordo de Paris, que foi defendido enfaticamente pelo atual presidente democrata norte-americano, Barack Obama.

Os conselheiros de Trump estão analisando formas de contornar um procedimento que teoricamente levaria quatro anos para abandonar o pacto, segundo a fonte, que trabalha com a equipe de transição a cargo de energia internacional e política climática.

"Foi uma irresponsabilidade o Acordo de Paris entrar em vigor antes da eleição" de terça-feira, disse a fonte à Reuters, falando sob condição de anonimato.

O pacto parisiense conquistou endosso suficiente para ser colocado em prática no dia 4 de novembro, quatro dias antes da votação nos EUA.

No domingo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse na Nova Zelândia que o governo Obama fará tudo que puder para implementar o acordo antes de Trump tomar posse.

Em seu Artigo 28, o acordo diz que qualquer país que queira se retirar depois de ter assinado precisa esperar quatro anos. Em teoria, a data mais próxima para isso seria 4 de novembro de 2020, aproximadamente na época da próxima eleição presidencial norte-americana.

A fonte disse que o futuro governo Trump está pesando alternativas para acelerar o rompimento: enviar uma carta retirando o país da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) de 1992, tratado que deu origem ao Acordo de Paris; encerrar o envolvimento dos EUA com ambos dentro de um ano; ou emitir uma ordem presidencial simplesmente apagando a assinatura do país do acordo firmado na capital da França.

Sair do UNFCCC causaria polêmica, em parte porque ele foi assinado pelo ex-presidente republicano George H.W. Bush em 1992 e aprovado pelo Senado. A ação também antagonizaria muitos outros países.

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