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Trump pede voto a latinos e negros na Flórida

Os latinos representam 16% dos eleitores registrados na Flórida, enquanto os negros respondem por 13%

Os latinos representam 16% dos eleitores registrados na Flórida, enquanto os negros respondem por 13% (Carlo Allegri/Reuters)

Os latinos representam 16% dos eleitores registrados na Flórida, enquanto os negros respondem por 13% (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de novembro de 2016 às 17h25.

Miami - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu neste sábado na cidade de Tampa, na Flórida, voto ao eleitorado hispânico e negro deste vital estado, onde existe um empate técnico entre ele e sua rival, Hillary Clinton, de acordo com as pesquisas.

Trump disse que os negros e os latinos sofrem nas cidades da Flórida e todo o país com altos índices de criminalidade, educação deficitária e falta de emprego, mas se comprometeu a solucionar esta situação caso vença as eleições na próxima terça-feira.

Estes setores da população, que as pesquisas indicam que apoiam maciçamente à ex-secretária de Estado, podem ser fundamentais para determinar quem ganhará os 29 votos no colégio eleitoral que será entregue a quem ganhar na Flórida e que Trump precisa para poder alcançar os 270 no total que dão a chave da Casa Branca.

Os latinos representam 16% dos eleitores registrados na Flórida, enquanto os negros respondem por 13%. Os votos de ambos os grupos são cruciais neste pleito no estado, onde as pesquisas apontam a uma vantagem mínima da democrata.

Na Flórida, 4% mais de latinos do que em 2012 já saíram para votar nas eleições antecipadas ou por correio, mas a participação negra caiu 7% em comparação às anteriores presidenciais, na qual o candidato era o atual presidente Barack Obama, que ganhou no estado.

"Os números das pessoas que votaram são bons", disse em referência aos dados de voto antecipado, que mostram hoje uma diferença de menos de 7.300 votos entre os eleitores registrados como democratas e republicanos que exerceram já seu direito ao sufrágio, sobre um total de 5,7 milhões de eleitores na Flórida.

O empresário indicou que o voto final de negros e hispânicos será "muito diferente" do que as pessoas pensam e destacou o apoio que recebeu de parte do exílio cubano. Para comprovar isso pegou emprestado o cartaz de um dos participantes do comício no qual se podia ler "Mulheres cubanas por Trump" para mostrá-lo ao público durante o ato.

"Hillary é a candidata do passado, nós somos o movimento do futuro", disse o candidato republicano, declarando que chegou o "momento da mudança, o tempo de uma nova liderança", enquanto quem assistia gritava "Queremos a Trump".

O magnata destacou ainda que a distâncias nas pesquisas estão diminuindo.

"Estamos fazendo isso muito bem em Iowa, New Hampshire, Ohio, fenomenalmente bem na Carolina do Norte e acho que vamos ganhar na Pensilvânia", enumerou.

No ato, Trump não perdeu a oportunidade e disse que nessa reta tem força para fazer "fazer cinco ou seis destes (comícios) todos os dias", enquanto Hillary Clinton carece de "energia" para isso e para dirigir o país. E finalizou dizendo que nos próximos dias ele irá a Minnesota e ao Colorado, estados onde os democratas "não podem acreditar no que está acontecendo" nas pesquisas.

A pesquisa divulgada hoje pelo portal RealClearPolitics (RCP) indica que Hillary tem menos de 2% de vantagem com relação a Trump em nível nacional. EFE

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