Trump nomeará genro como assessor na Casa Branca, diz porta-voz
O cargo de assessor sênior difere de cargos de gabinete: neste, o posto não exige confirmação no Senado
Reuters
Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 21h13.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , vai nomear Jared Kushner, seu genro, como assessor sênior na Casa Branca, disse um representante da equipe de transição nesta segunda-feira, uma escolha potencialmente delicada diante da lei antinepotismo.
A nova posição para Kushner já havia sido antecipada, mas não era claro que papel ele teria. Diferentemente de cargos no gabinete, o posto não exige confirmação no Senado.
Como Trump, Kushner é um empresário do setor imobiliário de Nova York, com uma ampla rede de negócios, o que poderia levar a potenciais conflitos de interesses.
Kushner, que casou com a filha mais velha de Trump, Ivanka, em 2009, ajudou o republicano Trump a chegar a vitória contra a democrata Hillary Clinton nas eleições de 8 de novembro.
Kushner, 35 anos, surgiu como uma voz importante logo cedo na campanha de Trump e se envolveu em quase todos os aspectos dela, de decisões-chaves sobre a equipe até estratégia e arrecadação.
Kushner comanda a empresa de desenvolvimento imobiliário da sua família, a Companhia Kushner, e está à frente do jornal semanal New York Observer, que ele adquiriu quando tinha 25 anos.
Não está claro como uma indicação de Kushner seria afetada pela lei federal antinepotismo, que proíbe um presidente de empregar membros da sua família no governo.
O genro de Trump aceitou o posto após receber aconselhamento legal citando decisões de tribunais de que a legislação antinepotismo não se aplicaria a cargos na Casa Branca.
Segundo o New York Times, o grupo chinês Anbang está em negociações para investir num projeto de reforma de um prédio emblemático de Nova York de propriedade da Companhia Kushner.