Trump escolhe ex-procuradora-geral da Flórida como secretária de Justiça
Pam Bondi substitui Matt Gaetz, que desistiu da nomeação
Agência de Notícias
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 06h28.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu a ex-procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, como secretária de Justiça em seu próximo governo,após o ex-congressista Matt Gaetz desistir da nomeação para esse posto, que também acumula a função de procurador-geral do país.
“Pam foi procuradora por quase 20 anos. Ela foi dura com criminosos violentos e tornou as ruas seguras para as famílias da Flórida”, disse o futuro presidente americano em sua rede social, Truth Social na última quinta-feira, 21.
Trump lembrou que, como primeira procuradora-geral da Flórida, cargo que ocupou de 2011 a 2019,Bondi “trabalhou para acabar com o tráfico de drogas mortais e reduzir a tragédia das mortes por overdose de fentanil que destruíram tantas famílias” nos Estados Unidos.
“Ela fez um trabalho tão incrível que eu a convidei para fazer parte de nossa Comissão sobre Abuso de Drogas e Opioides durante meu primeiro mandato (2017-2019). Salvamos muitas vidas!”, acrescentou.
Trump reiterou que, “por muito tempo”, o Departamento de Justiça tem sido usado contra ele ou outros políticos do Partido Republicano, algo que ele disse que vai acabar.
“Pam reorientará o Departamento de Justiça para seu objetivo de combater o crime e tornar os Estados Unidos seguros novamente. Conheço Pam há muitos anos. Ela é inteligente e dura”, disse.
Gaetz, que até a semana passada era congressista da Câmara dos Representantes, desistiu nesta quinta-feira da nomeação como procurador-geral.
No passado, ele foi investigado pelo Departamento de Justiça - embora não tenha sido oferecida denúncia - por supostamente ter feito sexo com menor de idade, violando as leis de tráfico humano, além de uso de drogas.
Paralelamente, ele enfrentou uma segunda investigação, aberta até a semana passada, no Comitê de Ética da Câmara, mas esses inquéritos foram encerrados quando ele renunciou ao cargo de congressista na semana passada, assim que Trump o nomeou, porque o comitê ficou sem jurisdição sobre o agora ex-legislador.
Na quarta-feira, o mesmo comitê se recusou a divulgar o relatório sobre suas investigações, mas a pressão contra ele se intensificou, e cresceram as dúvidas sobre a possibilidade de o Senado validar a indicação.