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Trump e rivais diminuem tom em debate mais sóbrio até agora

Sem insultos, o debate de Miami, na Flórida, se concentrou em questões como o comércio, a imigração, a educação, o sistema de seguridade social e a política ex

O pré-candidato republicano Donald Trump: um dos primeiros temas que foram discutidos foi como lidar com o déficit e a dívida dos EUA (REUTERS/Aaron P. Bernstein)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 06h35.

Miami - O magnata do setor imobiliário Donald Trump e seus rivais à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos reduziram nesta quinta-feira o tom beligerante e agressivo de embates anteriores e protagonizaram a troca de ideias mais sóbria realizada até o momento.

Sem insultos, nem desqualificações e com choques mais suaves do que vinha sendo habitual entre os candidatos, o debate de Miami, na Flórida, se concentrou em questões como o comércio, a imigração, a educação, o sistema de seguridade social e a política externa.

Tanto Trump como o senador pela Flórida Marco Rubio, que vinha sendo um dos mais agressivos ultimamente, já tinham insinuado antes do encontro que o debate seria diferente, já que o magnata avisou que se apresentaria como "presidenciável" e Rubio reconheceu que tinha sido um erro entrar em questões pessoais.

Um dos primeiros temas que foram discutidos foi como lidar com o déficit e a dívida dos EUA. Para Trump, é preciso acabar com "o desperdício, a fraude e o abuso", que atualmente estão "descontrolados".

Tanto Rubio como o senador pelo Texas Ted Cruz consideraram a proposta de Trump insuficiente e propuseram alternativas, mas sempre tentando manter-se dentro do debate político, evitando as desqualificações diretas.

"Os números não batem. É preciso reformar a seguridade social, se não, teremos uma crise da dívida", respondeu Rubio, que propôs elevar progressivamente a idade de aposentadoria para até 70 anos, para tornar sustentável o sistema de previdência.

Cruz também defendeu a elevação da idade para a aposentadoria e comparou a proposta de Trump de combater o desperdício, a fraude e o abuso com as medidas defendidas pelos democratas e Hillary Clinton.

Em matéria migratória, Cruz reiterou que se chegar à Casa Branca "triplicará" os efetivos de patrulha nas fronteiras, concluirá um muro na divisa com o México, e acabará com as conhecidas "cidades santuário", localidades com políticas de não perseguição aos imigrantes ilegais.

Quanto ao comércio, Rubio defendeu os benefícios trazidos por alguns tratados de livre-comércio já assinados pelos Estados Unidos, e citou como exemplo o acordo firmado com a Colômbia, que, segundo ele, gerou grandes benefícios para seu estado.

Trump, por sua vez, defendeu suas credenciais como empresário para falar do assunto, disse ser o melhor preparado para discutir esse tema devido a sua experiência, e argumentou que as leis atuais são ruins "tanto para os trabalhadores como para os empresários".

Um dos momentos de maior intensidade da noite foi quando Trump reafirmou em seu comentário que a maioria dos muçulmanos odeia os EUA: "Eu não quero ser politicamente correto. Temos um problema sério de ódio (em relação ao Islã). É melhor que solucionemos o problema antes que seja tarde demais", alertou o magnata.

"Em grandes mesquitas do Oriente Médio há gente gritando 'Morte aos EUA!'. Temos que expandir nossas leis (para combater o jihadismo) ou seremos um bando de ingênuos, e eles estarão rindo de nós", acrescentou o bilionário nova-iorquino.

O primeiro a respondê-lo foi o senador Marco Rubio, que assegurou que "os presidentes não podem dizer tudo o que querem", e contou o caso de um casal de missionários americanos em Bangladesh que, segundo ele, comentaram que estão tendo problemas nesse país pelos comentários de Trump sobre o Islã.

Quem também respondeu Trump de maneira parecida foi Ted Cruz, para quem a resposta ao jihadismo "não é simplesmente gritar 'o Islã é mau'". Além disso, o senador texano revelou sua "preocupação" com a "linguagem incendiária" de Donald Trump.

O quarto candidato em disputa, o governador de Ohio, John Kasich, também disse que não acredita "que o Islã odeie" os americanos, mas que existe "uma seita" voltada contra os EUA.

O debate de hoje foi o último entre os pré-candidatos republicanos antes da jornada crucial da próxima terça-feira, na qual acontecerão prévias em cinco estados: as de Ohio e Flórida, onde o ganhador ficará com o número total de delegados em jogo, e também as de Illinois, Missouri e Carolina do Norte.

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Sem insultos, nem desqualificações e com choques mais suaves do que vinha sendo habitual entre os candidatos, o debate de Miami, na Flórida, se concentrou em questões como o comércio, a imigração, a educação, o sistema de seguridade social e a política externa.

Tanto Trump como o senador pela Flórida Marco Rubio, que vinha sendo um dos mais agressivos ultimamente, já tinham insinuado antes do encontro que o debate seria diferente, já que o magnata avisou que se apresentaria como "presidenciável" e Rubio reconheceu que tinha sido um erro entrar em questões pessoais.

Um dos primeiros temas que foram discutidos foi como lidar com o déficit e a dívida dos EUA. Para Trump, é preciso acabar com "o desperdício, a fraude e o abuso", que atualmente estão "descontrolados".

Tanto Rubio como o senador pelo Texas Ted Cruz consideraram a proposta de Trump insuficiente e propuseram alternativas, mas sempre tentando manter-se dentro do debate político, evitando as desqualificações diretas.

"Os números não batem. É preciso reformar a seguridade social, se não, teremos uma crise da dívida", respondeu Rubio, que propôs elevar progressivamente a idade de aposentadoria para até 70 anos, para tornar sustentável o sistema de previdência.

Cruz também defendeu a elevação da idade para a aposentadoria e comparou a proposta de Trump de combater o desperdício, a fraude e o abuso com as medidas defendidas pelos democratas e Hillary Clinton.

Em matéria migratória, Cruz reiterou que se chegar à Casa Branca "triplicará" os efetivos de patrulha nas fronteiras, concluirá um muro na divisa com o México, e acabará com as conhecidas "cidades santuário", localidades com políticas de não perseguição aos imigrantes ilegais.

Quanto ao comércio, Rubio defendeu os benefícios trazidos por alguns tratados de livre-comércio já assinados pelos Estados Unidos, e citou como exemplo o acordo firmado com a Colômbia, que, segundo ele, gerou grandes benefícios para seu estado.

Trump, por sua vez, defendeu suas credenciais como empresário para falar do assunto, disse ser o melhor preparado para discutir esse tema devido a sua experiência, e argumentou que as leis atuais são ruins "tanto para os trabalhadores como para os empresários".

Um dos momentos de maior intensidade da noite foi quando Trump reafirmou em seu comentário que a maioria dos muçulmanos odeia os EUA: "Eu não quero ser politicamente correto. Temos um problema sério de ódio (em relação ao Islã). É melhor que solucionemos o problema antes que seja tarde demais", alertou o magnata.

"Em grandes mesquitas do Oriente Médio há gente gritando 'Morte aos EUA!'. Temos que expandir nossas leis (para combater o jihadismo) ou seremos um bando de ingênuos, e eles estarão rindo de nós", acrescentou o bilionário nova-iorquino.

O primeiro a respondê-lo foi o senador Marco Rubio, que assegurou que "os presidentes não podem dizer tudo o que querem", e contou o caso de um casal de missionários americanos em Bangladesh que, segundo ele, comentaram que estão tendo problemas nesse país pelos comentários de Trump sobre o Islã.

Quem também respondeu Trump de maneira parecida foi Ted Cruz, para quem a resposta ao jihadismo "não é simplesmente gritar 'o Islã é mau'". Além disso, o senador texano revelou sua "preocupação" com a "linguagem incendiária" de Donald Trump.

O quarto candidato em disputa, o governador de Ohio, John Kasich, também disse que não acredita "que o Islã odeie" os americanos, mas que existe "uma seita" voltada contra os EUA.

O debate de hoje foi o último entre os pré-candidatos republicanos antes da jornada crucial da próxima terça-feira, na qual acontecerão prévias em cinco estados: as de Ohio e Flórida, onde o ganhador ficará com o número total de delegados em jogo, e também as de Illinois, Missouri e Carolina do Norte.

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