Trump diz que políticos de Porto Rico são "grosseiramente incompetentes"
Autoridades de Porto Rico informaram não ter recursos para cobrir os requisitos de pagamento antecipados da Agência Federal de Administração de Emergências
EFE
Publicado em 2 de abril de 2019 às 13h47.
Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , atacou novamente os políticos de Porto Rico nesta terça-feira e disse que eles são "grosseiramente incompetentes", se "queixam" e usam a verba federal para os trabalhos de reconstrução após os furacões de 2017 "de forma estúpida e corrupta".
"As pessoas de Porto Rico são ótimas, mas os políticos são incompetentes ou corruptos. Porto Rico obteve mais dinheiro que o Texas e a Flórida juntos, no entanto o seu governo não fez nada bem, o lugar é uma bagunça, nada funciona", disse Trump em uma série de postagens no Twitter.
Hoje, o governador da ilha, Ricardo Rosselló, disse que a devastação deixada pelo furacão María acabou com os recursos. No domingo, ele afirmou que Porto Rico atualmente não tem fundos suficientes para cobrir os requisitos de pagamento antecipados pela Agência Federal de Administração de Emergências (Fema).
"Estamos pedindo a mesma coisa que outras jurisdições receberam do Governo Dederal, que cubra 100% dos pagamentos para os trabalhos de emergência que acelerarão a recuperação", acrescentou.
Ontem, duas propostas legislativas para aprovar mais verbas para os trabalhos de reconstrução não avançaram diante do bloqueio no Congresso, onde os democratas controlam a Câmara e os republicanos controlam o Senado. O furacão Maria, que devastou Porto Rico, é comparável, em tamanho de destruição, aos piores desastres naturais já ocorridos nos Estados Unidos.
Embora em um primeiro momento as autoridades tenha reconhecido 64 mortes por causa do furacão, um estudo posterior da Universidade George Washington calculou o número de mortos nos meses seguintes devido à falta de eletricidade e falhas nas infraestruturas básicas em cerca de 3 mil pessoas.
Porto Rico é território americano desde 1898 e se define como Estado Associado a esse país, com Constituição própria e com um grande grau de autonomia, mas os Estados Unidos têm ingerência em temas como Defesa, moeda, imigração e alfândega.