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Trump diz que Otan deve focar em terrorismo e "ameaças da Rússia"

Durante sua fala, o presidente fez referência às "ameaças da Rússia sobre as fronteiras leste e sul da Otan"

Donald Trump: ele também aproveitou o discurso para reiterar um dos apelos históricos de Washington (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: ele também aproveitou o discurso para reiterar um dos apelos históricos de Washington (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de maio de 2017 às 14h54.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira, em Bruxelas, que os países da Otan se concentrem no terrorismo e "nas ameaças da Rússia", renovando os apelos em relação aos compromissos financeiros de todos os Estados-membros.

Enquanto ressaltou que a Aliança é uma ferramenta "de paz e segurança" no mundo, Trump deixou claro, contrariamente ao que era esperado, seu apego ao "Artigo 5" do Tratado da Otan, que prevê o auxílio por parte dos países aliados a qualquer país do grupo em caso de agressão externa.

"A Otan do futuro deve se concentrar no terrorismo e na imigração, bem como sobre as ameaças da Rússia sobre as fronteiras leste e sul da Otan", declarou durante um discurso.

O presidente americano fez estas declarações durante a inauguração de um memorial na nova sede da Otan sobre os ataques de 11 de setembro de 2001 e a queda do Muro de Berlim, na presença dos outros 27 líderes da Aliança Atlântica.

Suas primeiras palavras foram direcionadas às vítimas do "selvagem ataque" de Manchester, em memória das quais pediu "um momento de silêncio". "Primeira-ministra [britânica Theresa May], todas as nações choram hoje com você e estão junto com você", assegurou.

Para Trump, que deseja fazer da luta contra o terrorismo uma das prioridade para a Otan, o atentado suicida de Manchester, onde "crianças inocentes e muitos outros foram terrivelmente assassinados", mostra "a intensidade do mal que enfrentamos".

"Todos aqueles que amam a vida devem se unir para encontrar" e "eliminar esses assassinos e extremistas", acrescentou o presidente da maior potência militar do mundo, chamando os terroristas de "perdedores".

Donald Trump aproveitou o discurso para reiterar um dos apelos históricos de Washington, o de que os aliados da Otan aumentem suas despesas militares, e para denunciar alguns aliados que devem "enormes somas de dinheiro".

"Fui muito, muito direto com o secretário-geral (da Otan Jens) Stoltenberg e os membros da Aliança quando disse (que eles) devem pagar sua parte e respeitar suas obrigações financeiras", apontou, lamentando que "23 das 28 nações ainda não tenham pago o que deveriam pagar".

Trump deseja que os aliados atinjam o objetivo, fixado em 2014, de um orçamento para a defesa equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2024.

Esses "2% é o mínimo para enfrentarmos as ameças muito reais de hoje", insistiu o presidente americano, ressaltando que "nos últimos oito anos" os Estados Unidos "gastaram mais com sua defesa do que todos os países da Otan somados".

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