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Trump diz que Assad não ficará impune de seus crimes "terríveis"

O republicano prometeu impedir que o regime do presidente sírio volte a realizar ataques com armas químicas

Donald Trump: "Acho que o que ele fez por esse país e pela humanidade é horrível" (Eric Thayer/Reuters)

Donald Trump: "Acho que o que ele fez por esse país e pela humanidade é horrível" (Eric Thayer/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de julho de 2017 às 20h18.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta terça-feira o presidente sírio, Bashar al Assad, de ter cometido "crimes terríveis" contra a humanidade e prometeu impedir que seu regime volte a realizar ataques com armas químicas.

"Não sou um fã de Assad. Acho que o que ele fez por esse país e pela humanidade é horrível", disse Trump em uma coletiva junto com o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri.

"Não sou alguém que vai ficar à margem e permitir que ele fique impune depois do que tentou fazer e do que fez em várias ocasiões".

Trump lembrou que no início de abril havia ordenado um ataque contra uma base militar síria em represália por um ataque com armas químicas atribuído ao regime de Damasco.

Esse ataque químico contra a localidade síria de Khan Sheikhun em 4 de abril deixou 87 mortos, entre eles muitas crianças. O regime sírio, apoiado por sua aliada Rússia, desmentiu ser o responsável pelo ataque.

No que se refere a Assad, o presidente republicano denunciou mais uma vez seu predecessor, Barack Obama, que acusou de ter "fixado uma linha vermelha na arena", em alusão ao compromisso assumido em 2013 pelo presidente democrata de intervir contra Damasco em caso de uso de armas químicas pelo regime.

Uma promessa de ataques militares sobre a qual Obama recuou no último momento, em agosto de 2013.

"Se o presidente Obama tivesse cruzado essa linha e feito o que deveria ter sido feito, acho que não teríamos Rússia nem teríamos Irã" intervindo na Síria, destacou o atual ocupante da Casa Branca.

O governo Obama foi criticado por ter se retirado progressivamente do terreno diplomático e militar na Síria a partir de 2015, abrindo espaço para Moscou e Teerã, aliados de Damasco.

Ao lado do primeiro-ministro libanês, Trump criticou o movimento Hezbollah, que disse ser "uma ameaça para o Estado libanês, ao povo libanês e à toda região".

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