Trump defende legalidade da reunião de seu filho com advogada russa
Há dez dias, Trump negou as alegações de seu ex-advogado de que sabia sobre a reunião de seu filho com uma advogada russa em junho de 2016
EFE
Publicado em 6 de agosto de 2018 às 10h14.
Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 10h16.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , admitiu que seu filho se reuniu com uma advogada russa antes das eleições presidenciais para obter informação de sua rival eleitoral, Hillary Clinton, mas garantiu que foi "totalmente legal" e que trata-se de algo habitual na política.
Trump qualificou de "notícias falsas" as informações de vários veículos de imprensa americanos sobre uma suposta preocupação com os problemas legais para Donald Trump Jr. por essa reunião.
"Notícias falsas informam, em uma fabricação completa, que estou preocupado com a reunião do meu maravilhoso filho, Donald, na Torre Trump", tuitou o líder no domingo na rede social.
"Foi uma reunião para obter informação sobre um oponente, totalmente legal e que acontece sempre na política, e não se chegou a lugar algum. Eu não sabia!", acrescentou.
Há dez dias, Trump, negou as alegações de seu ex-advogado Michael Cohen de que sabia sobre a reunião que Donald Trump Jr. manteve com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho de 2016.
Cohen, que durante anos foi um dos mais próximos colaboradores de Trump, é investigado pelo procurador especial Robert Mueller, que tenta provar se a equipe do presidente confabulou com o Kremlin para prejudicar a candidata democrata e conseguir a vitória eleitoral.
Além de divulgar uma série de gravações que podem pôr Trump em apuros, Cohen afirmou que o presidente conhecia a reunião mantida entre Donald Trump Jr. e Veselnitskaya, na qual também tomaram parte o assessor e genro de Trump, Jared Kuschner, e o então chefe de campanha de Trump, Paul Manafort.
A reunião com a advogada russa na Torre Trump de Nova York é uma das peças chave da investigação sobre a chamada trama russa, por isso que Trump Jr. teve que comparecer perante os comitês do Congresso que investigam os supostos laços entre o Kremlin e a campanha do magnata.