Trump apresenta política militar não intervencionista
Proposta de Trump foi semelhante ao discurso que ele utilizou durante a campanha presidencial, quando criticou a guerra no Iraque
Reuters
Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 09h50.
Fayetteville - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , apresentou uma política militar na terça-feira que evitaria intervenções em conflitos estrangeiros e, em vez disso, focaria fortemente em derrotar a militância do Estado Islâmico.
Em sua última parada em uma tour de agradecimento pelos Estados decisivos para sua eleição em 8 de novembro, Trump apresenteu seu escolhido para ser secretário de Defesa, general James Mattis, a uma grande multidão na cidade próxima à base militar de Fort Bragg, que enviou soldados a 90 países em todo o mundo.
"Iremos parar de correr para derrubar regimes estrangeiros sobre os quais não sabemos nada, com os quais não devemos nos envolver", disse Trump.
"Ao invés disso, nosso foco deve ser derrotar o terrorismo e destruir o Isis (sigla do Estado Islâmico), e iremos."
A retórica de Trump foi semelhante ao discurso que ele utilizou durante a campanha presidencial, quando criticou a guerra no Iraque.
Em Fayetteville, ele prometeu uma forte reconstrução do Exército norte-americano, o qual ele sugeriu ter sido enfraquecido. Em vez de investir em guerras, disse, ele gastaria dinheiro para construir estradas, pontes e aeroportos.
Mesmo assim, Trump disse querer aumentar os gastos com o Exército. Para ajudar a pagar pela sua reconstrução, Trump irá buscar aprovação do congresso para elevar os limites de gastos com defesa, que era parte de uma legislação de "sequestro" que impôs corte de gastos em geral.
"Não queremos ter um Exército exaurido por estarmos em todos os lugares combatendo em áreas nas quais não devíamos estar lutando. Não será mais esgotado", disse ele.
Trump afirmou que qualquer nação que compartilhe desses objetivos será considerada parceira dos EUA. "Nós não esquecemos. Queremos fortalecer velhas amizades e buscar novas", disse. Para ele a polícia de "invenção e caos" deve acabar.
Enquanto as Forças Armadas norte-americanas estão esgotadas em lugares ao redor do globo, eles apenas estão envolvidos em combate ativo no Oriente Médio, especificamente no Iraque a na Síria na maior parte do tempo.
"Nós iremos reconstruir nosso exército não como um ato de agressão, mas como um ato de prevenção", afirmou. "Em resumo, buscamos a paz através da força."