Donald Trump declara apoio a Mike Johnson em meio a divisões no Partido Republicano (AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 20h45.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira, 30, apoio a Mike Johnson para continuar como presidente da Câmara dos Representantes. A mensagem foi publicada poucos dias antes da votação que definirá a liderança da Casa.
“Mike Johnson é um homem bom, trabalhador e religioso. Ele fará a coisa certa e nós continuaremos a vencer. Mike tem meu total e completo apoio”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.
Johnson, membro do Partido Republicano, respondeu agradecendo o apoio de Trump e mostrando otimismo. “Juntos, cumpriremos rapidamente sua agenda America First e daremos início à nova era de ouro dos EUA”, declarou.
A votação será realizada na próxima sexta-feira, 3 de janeiro de 2025, quando o novo Congresso, resultante das eleições de novembro, iniciará sua legislatura.
Apesar do apoio de Trump, vozes dentro do Partido Republicano têm se manifestado contra Johnson. O congressista Thomas Massie, por exemplo, criticou o atual presidente da Câmara em sua rede social X (antigo Twitter), citando o envio de dinheiro para a Ucrânia, autorização de espionagem de americanos e aumento do orçamento como motivos para sua oposição.
Massie realizou uma enquete em sua página, que contou com quase 180 mil votos. O resultado foi contundente: 93,3% dos participantes rejeitaram Johnson como líder.
O orçamento federal tem sido um ponto central nas dúvidas sobre a continuidade de Johnson. Trump vinculou recentemente sua reeleição à capacidade de Johnson em atender às suas exigências sobre o pacote orçamentário e o teto da dívida.
A eleição de Johnson como presidente da Câmara, em 2023, foi marcada por tensões internas. Ele foi a quarta escolha do partido, sucedendo tentativas frustradas de Steve Scalise, Jim Jordan e Tom Emmer. Kevin McCarthy, o líder anterior, foi deposto em outubro após uma rebelião interna.
Embora os republicanos detenham maioria nas duas casas legislativas, ela é historicamente fraca, o que pode dificultar a implementação de planos do novo governo.