Mundo

Tropas ucranianas retomam controle de cidades no leste

Secretário Alexander Turchinov afirmou que, como resultado da ofensiva, as forças ucranianas garantiram a defesa da cidade de Mariupol


	Separatista em casa que abrigava exército: "Ao inimigo foram infligidas graves perdas", disse secretário
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Separatista em casa que abrigava exército: "Ao inimigo foram infligidas graves perdas", disse secretário (Maxim Shemetov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 15h08.

Kiev - Unidades da Guarda Nacional apoiadas por soldados do exército da Ucrânia tomaram nesta terça-feira o controle de várias cidades no sul da região de Donetsk, no leste do país, anunciou o secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Alexander Turchinov.

O funcionário, que se encontra na zona das operações, afirmou que as forças governamentais conseguiram romper as defesas dos separatistas pró-Rússia e entraram nas cidades de Pavlopol, Kominternovo, Lebedinski, Berdianskoe e Shirokino, segundo o escritório de imprensa do comando militar ucraniano.

"Ao inimigo foram infligidas graves perdas", disse Turchinov.

O secretário afirmou ainda que, como resultado da ofensiva, as forças ucranianas garantiram a defesa da cidade de Mariupol, situada nas margens do mar de Azov.

O "número dois" das milícias da autoproclamada república popular de Donetsk, Eduard Basurin, admitiu hoje que as tropas ucranianas estão reagrupando suas forças nos arredores de Mariupol, mas descartou que as ações tenham importância estratégica.

O objetivo final das forças ucranianas na área poderia ser a recuperação da cidade de Novoazovsk, a cerca de 30 quilômetros ao leste de Mariupol e a 10 quilômetros da fronteira com a Rússia, de onde, segundo Kiev, os separatistas recebem reforços e equipamentos.

A intensificação dos combates coincide com o reatamento nesta terça-feira em Minsk das negociações entre Kiev e os separatistas com mediação da Rússia e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).

O encontro é considerado um prelúdio da cúpula prevista para amanhã na capital bielorrussa entre os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França para conseguir uma solução duradoura ao conflito, que, segundo a ONU, causou mais de 5.300 mortos, entre civis e combatentes.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaDiplomaciaExércitoUcrânia

Mais de Mundo

Netanyahu dissolve gabinete de guerra de Israel

Proposta de Trump para isentar gorjetas de impostos pode custar R$ 1,2 trilhão aos EUA

Ucrânia quer adiar pagamento de dívida bilionária; credores recuam da proposta

Navios chinês e filipino colidem no Mar da China Meridional

Mais na Exame