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Tropas dos EUA zarpam rumo a Gaza para construir porto de ajuda humanitária

Apoio foi reduzido em meio a intensas operações militares israelenses

Operação de construção de um cais temporário na costa de Gaza para a entrega de ajuda humanitária (AFP Photo)

Operação de construção de um cais temporário na costa de Gaza para a entrega de ajuda humanitária (AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 12 de março de 2024 às 19h09.

Última atualização em 12 de março de 2024 às 19h25.

Quatro navios militares americanos com cerca de 100 soldados a bordo partiram nesta terça-feira, 12, rumo à costa da Faixa de Gaza, carregando material para construir um porto temporário que permita a distribuição de mais ajuda humanitária.

A iniciativa faz parte dos esforços dos Estados Unidos para aumentar a assistência aos civis no território palestino sitiado, no qual a ajuda que chega por caminhões viu-se reduzida em meio a intensas operações militares israelenses e existe atualmente uma grave escassez de alimentos, água e medicinas.

O barco principal da missão — um descomunal navio cinza de apoio logístico — se afastou da base militar na Virgínia executando a Marcha Imperial do filme Star Wars em seus alto-falantes.

A embarcação foi acompanhada de outros três navios de menor porte, que também farão a travessia de quase 30 dias até o leste do Mediterrâneo.

As novas instalações incluem uma plataforma no mar para transferir cargas de assistência humanitária de grandes barcos para outros menores, e um cais para descarregar a ajuda em terra firme.

Espera-se que o projeto esteja operacional "em um prazo de 60 dias", declarou a jornalistas o general de brigada Brad Hinson.

"Uma vez que a missão esteja operativa com todas as suas capacidades, poderemos levar até a margem até 2 milhões de refeições por dia", assegurou.

As autoridades americanas garantiram que a missão não implica destacar "tropas no terreno", mas os militares vão se aproximar do território litorâneo durante a montagem do cais, que deve ser ancorado à margem.

Hinson não revelou aspectos de segurança nem com que assistência os militares vão contar para realizar essa ancoragem.

O conflito atual explodiu há mais de cinco meses com o ataque de comandos do grupo islamista palestino Hamas em solo israelense, no qual morreram cerca de 1.160 pessoas, sobretudo civis, segundo um balanço da AFP a partir de dados israelenses.

Em resposta, Israel lançou uma feroz campanha militar de represália que deixa, até agora, 31.112 mortos somente em Gaza, a maioria civis, segundo o Hamas, que governa a área.

Para tentar atenuar a crise humanitária, um primeiro barco fretado pela ONG espanhola Open Arms e carregado com 200 toneladas de mantimentos zarpou nesta terça-feira do Chipre para Gaza, por um corredor marítimo anunciado pela União Europeia.

Os Estados Unidos e outros países também efetuaram lançamentos de pacotes com água e comida de aviões.

Mas o envio de ajuda por mar ou pelo ar não pode substituir o abastecimento por via terrestre, insistem a ONU e diferentes ONGs.

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