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Tropas afegãs e dos EUA atacam refúgios do EI após expulsão

Ao menos 56 membros morreram no leste do Afeganistão, onde o grupo jihadista se refugiou após ser expulso de seu bastião no país

Afeganistão: o EI está presente em pelo menos quatro províncias do leste e do sul do país há quase um ano (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 16h27.

Cabul - Pelo menos 56 supostos membros do Estado Islâmico (EI) morreram na ofensiva das forças afegãs , que teve apoio aéreo dos Estados Unidos , no leste do Afeganistão, onde o grupo jihadista se refugiou após ser expulso de seu bastião no país, informaram fontes oficiais nesta terça-feira.

A operação, denominada Shahin-18 (Falcão-18 em pashtun e dari), se desenvolve há 11 dias na província de Nangarhar e se centra agora em acabar com os insurgentes em áreas remotas, após o distrito de Achin ter sido liberado, disse à Agência Efe o porta-voz provincial da polícia, Hazrat Hussain Mashriqiwal.

"Desde segunda-feira de manhã até agora morreram 56 combatentes do EI em operações terrestres e bombardeios de tropas estrangeiras e afegãs" nestas áreas, declarou.

O governo provincial afirmou em comunicado que 22 deles morreram no ataque de um drone dos Estados Unidos na noite passada quando participavam de uma reunião, em que estariam preparando ataques a postos de controle das forças afegãs.

A ofensiva se estende também pelo distrito vizinho de Nazian. Desde o início o EI foi expulso de mais de 30 aldeias, para onde puderam retornar cerca de cinco mil famílias que tinham fugido dos combates, segundo dados oficiais.

O EI está presente em pelo menos quatro províncias do leste e do sul do Afeganistão há pelo menos um ano, e a Otan estima que o grupo tenha entre mil e três mil membros no país, a maioria concentrados em poucos distritos de Nangarhar.

O Conselho de Segurança da ONU advertiu do risco que a presença do EI no Afeganistão representa, e o relatório de 2015 das Nações Unidas sobre as vítimas civis em conflitos documentou pela primeira vez ataques (83) ligados à essa formação, 82 deles nesta província.

A irrupção do grupo jihadista alterou o cenário de guerra dos últimos 15 anos no país e levou o governo afegão, até então enfrentando só os talibãs, a estabelecer unidades especiais para combatê-lo.

As forças americanas no Afeganistão aumentaram suas ações contra o EI nas últimas semanas, após receber sinal verde de Washington para realizar bombardeios.

Os Estados Unidos mantém cerca de 9.800 soldados no Afeganistão, e metade permanecerá além do final do mandato do presidente americano, Barack Obama, em janeiro de 2017.

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A operação, denominada Shahin-18 (Falcão-18 em pashtun e dari), se desenvolve há 11 dias na província de Nangarhar e se centra agora em acabar com os insurgentes em áreas remotas, após o distrito de Achin ter sido liberado, disse à Agência Efe o porta-voz provincial da polícia, Hazrat Hussain Mashriqiwal.

"Desde segunda-feira de manhã até agora morreram 56 combatentes do EI em operações terrestres e bombardeios de tropas estrangeiras e afegãs" nestas áreas, declarou.

O governo provincial afirmou em comunicado que 22 deles morreram no ataque de um drone dos Estados Unidos na noite passada quando participavam de uma reunião, em que estariam preparando ataques a postos de controle das forças afegãs.

A ofensiva se estende também pelo distrito vizinho de Nazian. Desde o início o EI foi expulso de mais de 30 aldeias, para onde puderam retornar cerca de cinco mil famílias que tinham fugido dos combates, segundo dados oficiais.

O EI está presente em pelo menos quatro províncias do leste e do sul do Afeganistão há pelo menos um ano, e a Otan estima que o grupo tenha entre mil e três mil membros no país, a maioria concentrados em poucos distritos de Nangarhar.

O Conselho de Segurança da ONU advertiu do risco que a presença do EI no Afeganistão representa, e o relatório de 2015 das Nações Unidas sobre as vítimas civis em conflitos documentou pela primeira vez ataques (83) ligados à essa formação, 82 deles nesta província.

A irrupção do grupo jihadista alterou o cenário de guerra dos últimos 15 anos no país e levou o governo afegão, até então enfrentando só os talibãs, a estabelecer unidades especiais para combatê-lo.

As forças americanas no Afeganistão aumentaram suas ações contra o EI nas últimas semanas, após receber sinal verde de Washington para realizar bombardeios.

Os Estados Unidos mantém cerca de 9.800 soldados no Afeganistão, e metade permanecerá além do final do mandato do presidente americano, Barack Obama, em janeiro de 2017.

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