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Tribunal Supremo da Venezuela convoca Maduro e Urrutia para 'certificar' eleições

Além dos dois principais candidatos, outros oito concorrentes foram chamados na quinta-feira, 1º

Nicolás Maduro cumprimenta a presidente do Supremo da Venezuela, Caryslia Rodríguez, em 31 de julho de 2024
AFP

Agência de notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 07h12.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela - de viés governista - convocou, na quinta-feira, 1º, o comparecimento dos candidatos nas eleições presidenciais, tachadas de fraudulentas pela oposição, após aceitar um recurso do proclamado vencedorNicolás Maduro para certificar o processo.

A Sala Eleitoral do TSJ convocou Maduro e seu principal adversário, Edmundo González Urrutia , a quem o mandatário ameaçou de prisão ao acusá-lo de liderar um golpe de Estado junto com a líder opositora María Corina Machado.

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Outros oito candidatos minoritários também foram chamados. "Estarei lá, espero que todos os candidatos compareçam", afirmou Maduro em um ato público.

A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, informou a decisão da sala de aceitar o recurso de amparo apresentado na quarta-feira por Maduro e iniciar "o processo de investigação e verificação para certificar de maneira irrestrita os resultados do processo eleitoral".

O comparecimento está marcado para esta sexta-feira, às 14h00 locais (15h00 em Brasília).

"Esta Sala Eleitoral [...] assume o compromisso com a paz, a democracia e a busca pela ordem constitucional [...], garantindo que a vontade das eleitoras e eleitores receba uma efetiva e oportuna tutela judicial", acrescentou.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), também de linha governista, proclamouMaduroreeleito para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos contra 44% deGonzálezUrrutia, que passou a representar a principal aliança opositora, Plataforma Unitária, após a inabilitação política da ex-deputada María Corina Machado.

A oposição afirma que possui cópias de mais de 80% das atas de urna e que González Urrutia somava 67% dos votos.

Na segunda-feira ocorreram protestos que terminaram com pelo menos 11 mortos, segundo organizações de defesa dos direitos humanos. A oposição, por sua vez, estima um saldo de 20 mortos.

Em artigo de opinião publicado nesta quinta pelo Wall Street Journal, María Corina disse que está na clandestinidade e temia por sua vida e liberdade, depois de Maduro pedir prisão para ela e González Urrutia.

"Vocês têm as mãos manchadas de sangue", declarou na quarta-feira o governante chavista ao se referir a seus adversários. Maduro os acusa de promoverem um "golpe de Estado" com suas acusações de fraude. "Devem estar atrás das grades", acrescentou.

Campanha eleitoral dos candidatos à presidência da Venezuela

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