Mundo

Trégua pode permitir que comida chegue a subúrbio de Damasco

Forças do governo sírio e combatentes rebeldes em um subúrbio sitiado de Damasco estabeleceram uma trégua de 48 horas


	Exército Livre da Síria: rebeldes do Exército Sírio Livre ocuparam a localidade de Mouadamiya no ano passado, e o governo vem tentando recuperá-lo desde então
 (Yousef Homs/Reuters)

Exército Livre da Síria: rebeldes do Exército Sírio Livre ocuparam a localidade de Mouadamiya no ano passado, e o governo vem tentando recuperá-lo desde então (Yousef Homs/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 10h13.

Damasco - Forças do governo sírio e combatentes rebeldes em um subúrbio sitiado de Damasco estabeleceram uma trégua de 48 horas que poderá permitir o envio de comida para os famintos moradores do bairro, disseram ativistas na quinta-feira.

Os rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL) ocuparam a localidade de Mouadamiya no ano passado, e o governo vem tentando recuperá-lo desde então, com um cerco que impede o acesso de alimentos, remédios e combustível.

Crianças já morreram de desnutrição, e milhares de moradores passam fome. Alguns estão comendo folhas para sobreviver.

O frágil cessar-fogo em Mouadamiya, dez quilômetros a sudoeste da capital, começou na quarta-feira, com o hasteamento da bandeira do governo no edifício mais alto dessa cidade.

O Exército disse que, se a trégua durar até sexta-feira, permitirá a entrada de alimentos.

É improvável que o cessar-fogo se repita em outras partes da Síria, onde operam grupos rebeldes mais radicais, mas essa trégua abre a perspectiva de alívio na violência e na fome em uma das áreas mais afetadas pela guerra civil síria, que já dura quase três anos.

Um ativista familiarizado com o acordo disse à Reuters que as negociações foram realizadas pelos conselhos militares do ESL e por representantes civis e militares do governo na cidade.

Se a trégua se mantiver e o governo permitir o acesso de alimentos, disse o ativista, um acordo mais amplo poderá ser implementando, incluindo possivelmente a entrega de armas pesadas pelos rebeldes.

"O regime disse que queria as armas pesadas, como os tanques e canhões", disse ele. "Disse também que está disposto a comprar essas armas e pagar por elas", acrescentou. "Não há garantias de lado nenhum. É guerra."

Acompanhe tudo sobre:FomeOriente MédioSíria

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal