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Tolmasquim defende instalação de hidrelétricas na Amazônia

Representante do Ministério das Minas e Energia defendeu a construção de Belo Monte e disse que moradores da região serão beneficiados

O governo deve investir R$ 3,3 bilhões na região como compensação por Belo Monte

O governo deve investir R$ 3,3 bilhões na região como compensação por Belo Monte

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 17h26.

Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - ligada ao Ministério das Minas e Energia - Mauricio Tolmasquim, defendeu hoje (31) a instalação de hidrelétricas na Amazônia, principalmente a de Belo Monte. Segundo ele, a usina, que teve parte da licença de instalação concedida na semana passada, vai "abençoar" 4,3 mil famílias com compensações socioambientais.

"Essas famílias serão abençoadas com os assentamentos. Hoje, vivem em igarapés. Em períodos chuvosos ficam alagadas. Então, essas famílias, que estão em condições impróprias, tiraram a sorte grande: vão ganhar casas de alvenaria com todas as condições da vida moderna", declarou durante o congresso de energia EnerGen LatAm 2011 no Rio de Janeiro.

Tolmasquim disse que a usina do Rio Xingu prevê R$ 3,3 bilhões de investimentos em compensações socioambientais, o equivalente a 19 vezes o orçamento do Pará. Com esse dinheiro, ele afirmou que será construída a rede de saneamento básico de três municípios, entre eles Altamira, que deve sofrer as consequências do aumento populacional.

O presidente da EPE voltou a afirmar que nenhuma comunidade indígena será deslocada ou alagada. Ele também falou sobre projetos de psicultura para as comunidades e garantiu que a navegabilidade no Rio Xingu, em trechos que margeiam terras indígenas não será alterada. Segundo Tolmasquim, o fluxo de água na chamada volta grande será preservado.

A preservação da floresta amazônica, que segundo Tolmasquim estava em risco de desmatamento, também será assegurada com a criação de unidades de conservação de 1,6 milhões de hectares, além de iniciativas para a recuperação de áreas degradadas. Segundo ele, 60% do potencial hidrelétrico do país está na Amazônia e é preciso saber usar essa capacidade.

"O Brasil é a potência energética do século 21. Primeiro porque é o país com a maior matriz renovável dos países em desenvolvimento ou desenvolvidos. Segundo porque seremos um grande exportador de petróleo, um elemento importante na segurança energética mundial, sem sujar nossa matriz - porque o Brasil continuará usando etanol".

A usina de Belo Monte exigira um investimento de R$ 20 bilhões e será capaz de gerar 11,230 megawatts. A hidrelétrica deve entrar em operação em fevereiro de 2015 e vai operar a fio d'água, o que significa que não terá reservatório para acumular água.

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