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Theresa May pede a seus deputados unidade e apoio ao Brexit

May enviou uma carta aos 317 deputados de seu partido para falar das divisões que há entre eurocéticos e pró-europeus sobre o Brexit

Primeira-ministra Theresa May (Francois Lenoir/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de fevereiro de 2019 às 12h17.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2019 às 12h19.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , pediu aos seus deputados conservadores que deixem de lado suas "preferências pessoais" e se unam para apoiar um acordo sobre a retirada do Reino Unido da União Europeia (UE).

May enviou uma carta aos 317 deputados de seu partido para falar das divisões que há entre eurocéticos e pró-europeus sobre o Brexit , que vai se concretizar no próximo dia 29 de março.

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Na quinta-feira, a premiê sofreu no Parlamento um revés ao perder por 303 votos contra 258 uma moção que pedia ao Governo continuar negociando com Bruxelas mudanças no tratado de retirada.

A moção não era vinculativa, mas evidenciou os problemas que May tem para controlar esse setor eurocético e conseguir uma maioria parlamentar que desenvolva seu plano negociado com Bruxelas durante quase dois anos.

Na carta enviada a seus deputados e divulgada hoje, May afirma que o resultado da votação de quinta-feira foi "decepcionante", mas promete que o Governo vai continuar trabalhando para conseguir mudanças no acordo negociado com Bruxelas sobre a polêmica salvaguarda irlandesa, pensada para não voltar a estabelecer uma fronteira visível entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.

A chefe do Governo diz que voltará nos próximos dias a Bruxelas para se reunir com o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, e também que falará com cada um dos líderes dos países do bloco europeu.

May expressa na sua carta o agradecimento aos deputados que apoiaram a moção, ao indicar que demonstraram "determinação para encontrar um caminho para o país", e agradeceu também o apoio dos parlamentares do Partido Democrático Unionista (DUP) norte-irlandês, dos quais depende para governar, após perder a maioria absoluta nas eleições gerais de 2017.

Ela acrescenta que nos últimos dois anos e meio como primeira-ministra tentou levar em conta os diferentes pontos de vista dos deputados e pensar em "cumprir o resultado do plebiscito (de 2016)".

A primeira-ministra reconhece os diferentes pontos de vista dos deputados, mas destaca que fracassar na hora de cumprir os "compromissos necessários" para conseguir um acordo de retirada vai representar "trair" o povo do Reino Unido.

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