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Terrorismo fez Paris perder 1,5 milhão de turistas em 2016

Segundo a estimativa, em 2016 foram registrados 31 milhões de clientes em hotéis, uma queda de 4,7% com relação ao ano anterior

Paris: por nacionalidade, uma das baixas mais significativas foi a dos chineses (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Paris: por nacionalidade, uma das baixas mais significativas foi a dos chineses (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 09h28.

Paris - Um levantamento apresentado nesta terça-feira pelo Comitê Regional de Turismo (CRT) revelou que os efeitos da ameaça terrorista fizeram a região de Paris perder 1,5 milhão de turistas no ano passado se comparado ao total de visitantes de 2015.

Segundo o órgão, em 2016 foram registrados 31 milhões de clientes em hotéis, uma queda de 4,7% com relação ao ano anterior, principalmente devido a diminuição dos turistas estrangeiros (8,8% a menos).

Por nacionalidade, uma das baixas mais significativas foi a dos chineses, com 268 mil a menos. Também foram constatadas diminuições relevantes no total de japoneses, italianos e russos. Menos perceptíveis foram as quedas de turistas espanhóis, britânicos e americanos, respectivamente.

Quanto aos franceses que se hospedam em hotéis da Île-de-France, o número se manteve quase estável. A diminuição foi de 0,8%.

De acordo com o CRT, o menor fluxo de turistas se traduziu em uma perda de quase 1,3 bilhão de euros em 2016.

Os autores do estudo ressaltaram, porém, os "sinais de recuperação" dos dois últimos meses do ano com o aumento de 12,5% dos clientes nos hotéis, ou seja, "581 mil turistas a mais". Uma tendência que continuou em janeiro deste ano, segundo os primeiros dados apresentados pelos profissionais do setor.

A perda de visitantes na capital francesa e no entorno logicamente refletiu em alguns dos principais pontos turísticos, com uma baixa na venda de ingressos na Torre Montparnasse (32%), no Arco do Triunfo (24%), no Museu do Louvre (13,3%), no Museu de Orsay (12,9%) e no Palácio de Versalhes (9,8%).

Em contrapartida, o Centro Georges Pompidou recebeu 9% mais público do que em 2015, aumento atribuído a "boa programação".

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