Terroristas: O documento destaca como um dos principais problemas de 2014 "a ocupação de território sem precedentes no Iraque e Síria" por parte do Estado Islâmico (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 14h27.
Washington - Os Estados Unidos alertaram nesta sexta-feira que o terrorismo islamita se tornou mais agressivo e está se preparando na guerra civil síria com mais de 16 mil combatentes estrangeiros, ao nível mais alto dos últimos 20 anos.
"A guerra civil na Síria é um fator significativo que está impulsionando o terrorismo mundial em 2014", explica o relatório do Departamento de Estado sobre terrorismo de 2014, divulgado em Washington.
O ritmo de combatentes terroristas estrangeiros que viajam para a Síria é o maior dos últimos 20 anos e supera outros conflitos que tradicionalmente encorajaram o terrorismo jihadista, segundo o relatório.
O documento destaca como um dos principais problemas de 2014 "a ocupação de território sem precedentes no Iraque e Síria" por parte do Estado Islâmico (EI), que em junho do ano passado tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e se tornou forte desde o leste de Aleppo (Síria) até a fronteira leste síria.
Além disso, os EUA ressaltam a ameaça que representam os "lobos solitários" radicalizados no Ocidente e o viveiro de terrorismo no qual se transformaram os governos fracassados de Síria, Iraque, Iêmen, Nigéria e Líbia.
Embora o relatório assinale que a coalizão internacional liderada pelos EUA conseguiu deter os avanços do EI, "o frágil ambiente de segurança no Iraque e o conflito sírio fornece aos jihadistas apoio suficiente para realizar complexas operações militares para ganhar território".
Na África, o Departamento de Estado destaca as medidas regionais da Nigéria, Camarões e Chade para conter a milícia islamita Boko Haram, um dos grupos mais sanguinários do continente.