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Forte terremoto causa a morte de 126 pessoas na região do Tibete

Tremor aconteceu nesta terça-feira em uma região próxima ao Monte Everest

People gather in an open area following earthquake tremors in Kathmandu, in the early hours on January 7, 2025. A powerful earthquake in China's remote Tibet region killed at least 32 people and collapsed "many buildings" on January 7, Chinese media reported, with tremors also felt in neighbouring Nepal's capital Kathmandu and parts of India. (Photo by SUNIL SHARMA / AFP) (Photo by SUNIL SHARMA/AFP via Getty Images) (Getty Images)

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 06h33.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 13h01.

Ao menos 126 pessoas morreram e outras 130 ficaram feridas após um terremoto de magnitude 6.8 atingiro condado de Tingri, na região do Tibete, às 9h05 (horário local, 22h05 de Brasília) desta terça-feira, 7, de acordo com o Centro de Redes Sismológicas da China. O epicentro do tremor foi cerca de 80 km ao norte do Monte Everest e foi sentido também no Nepal e na Índia, a agência de notícias oficial chinesa “Xinhua”. De acordo com a Reuters, o Serviço Geológico dos Estados Unidos estimou a magnitude do terremoto em 7,1.

Ainda no condado de Tingri, o mais atingido, mais de 1.000 casas desabaram, de acordo com o jornal “Nanfang Daily”. Segundo a “Xinhua”, cerca de 6.900 pessoas vivem em um raio de 20 quilômetros do epicentro. O local, que tem uma densidade populacional de 4,2 pessoas por quilômetro quadrado, está situado no sopé da cordilheira do Himalaia e tem uma altitude média de 5.000 metros acima do nível do mar, de acordo com informações oficiais do governo local.

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O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "esforços exaustivos para salvar vidas e minimizar o número de vítimas", ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade de "prevenir desastres secundários" e "reassentar adequadamente os moradores afetados".

O líder chinês também enfatizou a urgência de "reparar as infraestruturas danificadas" e "garantir que as necessidades básicas dos moradores sejam atendidas", detalhou a agência de notícias.

Após o terremoto, o Gabinete de Comando Antiterremoto e Assistência em Caso de Catástrofes do Conselho de Estado (Executivo chinês) e o Ministério de Gestão de Emergências ativaram uma resposta de emergência e enviaram um grupo de trabalho à zona do terremoto para orientar os esforços de resgate.

De acordo com a emissora estatal “CCTV”, os bombeiros locais mobilizaram mais de 1.500 pessoas para procurar e resgatar sobreviventes.

O Tibete e outras áreas do oeste da China são frequentemente palco de terremotos, devido à proximidade do ponto de atrito da placa tectônica asiática com a indiana, mas devido à baixa densidade populacional na área, os terremotos geralmente ocorrem em áreas escassamente povoadas.

Em dezembro de 2023, um terremoto de magnitude 6,2 deixou mais de 150 mortos na região vizinha de Qinghai e na província ocidental de Gansu.

Dalai Lama expressa tristeza

O Dalai Lama expressou sua tristeza pelo "devastador terremoto". "Estou profundamente triste por saber do devastador terremoto que atingiu Tingri, no Tibete, e regiões vizinhas esta manhã. Ele causou a trágica perda de muitas vidas, numerosos feridos e uma grande destruição de casas e propriedades", disse em um comunicado o líder espiritual, que atualmente vive exilado na Índia.

Ele tem sua base atual na cidade de Dharamshala, no norte da Índia, assim como o governo tibetano no exílio.

O líder religioso exilou-se na Índia com milhares de seus compatriotas no início de 1959, após a dura repressão chinesa à fracassada revolta popular em Lhasa, capital do Tibete.

O Dalai Lama nasceu em 6 de julho de 1935 em Taktser, no leste do Tibete, onde aos dois anos de idade se tornou o líder espiritual de seu povo ao ser reconhecido como a reencarnação de seu antecessor.

Sua sucessão é desconhecida, pois, segundo a tradição budista, deve ocorrer no Tibete por meio de sua "reencarnação". Pequim disse no mês passado que o sucessor do Dalai Lama "deveria ser buscado dentro da China e receber aprovação do governo central".

Com informações de Agência EFE

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