A operadora, que mantém usinas localizadas em Fukushima inativas por conta da crise nuclear, conseguiu restabelecer a usina térmica de Hirono, afetada pelo terremoto (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 20h04.
Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), proprietária da usina nuclear de Fukushima e principal abastecedora de Tóquio, anunciou nesta terça-feira que espera aumentar sua capacidade de provisão para 56 milhões de quilowatts em agosto com o aumento da energia térmica.
Para isso, a Tepco acredita que até 31 de agosto será capaz de gerar 43,14 milhões de quilowatts em energia térmica, 2,49 milhões de quilowatts em sua usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, em Niigata, e 10,08 milhões de quilowatts em energia hidrelétrica, informou a agência local Kyodo.
Deste modo, a companhia elétrica pretende abastecer a capital japonesa, que na última quarta-feira alcançou o nível mais alto de demanda com 48,91 milhões de quilowatts, e compensar a escassez energética que o país vive com o aumento da produção de suas centrais térmicas.
A operadora, que mantém suas duas usinas nucleares localizadas na província de Fukushima inativas por conta da crise nuclear, conseguiu restabelecer a usina térmica de Hirono, gravemente afetada após o terremoto e o tsunami de 11 de março.
A central foi restabelecida no final de julho, um mês antes do previsto, e para a operação foram mobilizados 2.800 trabalhadores. A Tepco espera gerar 3,8 milhões de quilowatts na termelétrica.
No Japão, mais de 70% dos 54 reatores atômicos com os quais o país conta estão paralisados em decorrência da crise nuclear. Por essa razão, o governo solicitou aos cidadãos e às empresas que economizem até 15% de eletricidade para fazer frente à alta demanda registrada durante os meses de verão.
A Tepco, a maior companhia elétrica do Japão, anunciou em 9 de agosto que perdeu quase 5,2 bilhões de euros após a crise nuclear. O motivo principal do prejuízo foram indenizações, que chegaram a pelo menos 3,6 bilhões de euros e foram pagas na maioria dos casos às cerca de 80 mil famílias deslocadas após a tragédia devido à alta radioatividade.