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Tepco busca US$ 12 bi de resgate do governo japonês

Empresa tenta se recuperar da crise nuclear de Fukushima

O terremoto de magnitute 9.0 e o subsequente tsunami, no ano passado, causaram problemas no reator de Fukushima, levando a uma crise de radiação e contaminação (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

O terremoto de magnitute 9.0 e o subsequente tsunami, no ano passado, causaram problemas no reator de Fukushima, levando a uma crise de radiação e contaminação (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 08h58.

Tóquio - A Tokyo Electric Power (Tepco) pediu ao governo uma injeção de 1 trilhão de ienes (12 bilhões de dólares), no que seria o maior resgate público japonês fora do setor bancário, na tentativa de se recuperar da crise nuclear de Fukushima.

A concessionária disse nesta quinta-feira que também tentou 845,9 bilhões de ienes de um fundo de resgate financiado pelo governo para ajudar a indenizar as vítimas da maior tragédia nuclear em 25 anos.

O terremoto de magnitute 9.0 e o subsequente tsunami, no ano passado, causaram problemas no reator de Fukushima, levando a uma crise de radiação e contaminação. Dezenas de milhares de residentes dentro de um raio de 20 quilômetros da usina foram forçados a sair de suas casas, deixando quase tudo para trás.

Sem o resgate, que precisa da aprovação do ministro do Comério, Yukio Edano, a Tepco, que fornece energia a 45 milhões de pessoas na região de Tóquio, pode enfrentar insolvência, que por fim significaria grandes perdas para credores.

O presidente da Tepco, Toshio Nishizawa, disse que o capital da companhia caiu para 620 bilhões de ienes, frente a 2 trilhões de ienes antes do desastre do ano passado, o que ressalta a necessidade da injeção de fundos.

"Se esta situação continuar, há uma real possibilidade de que nos tornemos insolventes", disse em coletiva de imprensa. "Estou ciente de que nossa situação financeira é extremamente dura", acrescentou.

O pedido de resgate abre caminho para Tepco e governo finalizarem um acordo de reestruturação que a companhia pretende apresentar até meados de abril.

Em troca da injeção de fundos, o governo deve obter uma participação majoritária na companhia, disse uma fonte com conhecimento no assunto.

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