Teólogo rebelde, de 85 anos, cogita suicídio assistido
Küng, atualmente sofrendo de Parkinson, escreve no último volume de suas memórias que as pessoas têm o direito de "entregar" suas vidas a Deus
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 15h03.
Paris - Hans Küng, mais conhecido teólogo rebelde do catolicismo, está cogitando encerrar uma vida de desafios ao Vaticano com um gesto final de discórdia - o suicídio assistido.
Küng, atualmente com 85 anos e sofrendo de Parkinson, escreve no último volume de suas memórias que as pessoas têm o direito de "entregar" suas vidas a Deus voluntariamente se a doença, a dor ou a demência tornar a sobreviência insuportável.
A Igreja Católica rejeita o suicídio assistido, que é permitido na Suíça natal de Küngs, assim como na Bélgica, na Holanda, em Luxemburgo e em quatro Estados nos Estados Unidos.
"Não quero continuar vivendo como uma sombra de mim mesmo", explicou o padre suíço no livro publicado nesta semana. "Tampouco quero ser mandado para um asilo... se tiver que decidir eu mesmo, por favor cumpram meu desejo." Küng advoga uma reforma na Igreja Católica desde o Segundo Concílio Vaticano de 1962-1965, no qual era um jovem conselheiro debatendo a favor de uma igreja descentralizada, do casamento de padres e do controle de natalidade. O concílio não adotou essas ideias.
Professor da universidade alemã de Tübingen desde 1960, Küng teve sua licença para lecionar teologia católica retirada pelo Vaticano em 1979, depois que questionou a doutrina da infalibilidade papel e ignorou a pressão do Vaticano para se retratar.
A universidade reagiu tornando-o professor de teologia ecumênica, garantindo-lhe uma posição que lhe permitiu escrever dúzias de livros, alguns deles fenômenos de vendas, e muitos artigos.
Paris - Hans Küng, mais conhecido teólogo rebelde do catolicismo, está cogitando encerrar uma vida de desafios ao Vaticano com um gesto final de discórdia - o suicídio assistido.
Küng, atualmente com 85 anos e sofrendo de Parkinson, escreve no último volume de suas memórias que as pessoas têm o direito de "entregar" suas vidas a Deus voluntariamente se a doença, a dor ou a demência tornar a sobreviência insuportável.
A Igreja Católica rejeita o suicídio assistido, que é permitido na Suíça natal de Küngs, assim como na Bélgica, na Holanda, em Luxemburgo e em quatro Estados nos Estados Unidos.
"Não quero continuar vivendo como uma sombra de mim mesmo", explicou o padre suíço no livro publicado nesta semana. "Tampouco quero ser mandado para um asilo... se tiver que decidir eu mesmo, por favor cumpram meu desejo." Küng advoga uma reforma na Igreja Católica desde o Segundo Concílio Vaticano de 1962-1965, no qual era um jovem conselheiro debatendo a favor de uma igreja descentralizada, do casamento de padres e do controle de natalidade. O concílio não adotou essas ideias.
Professor da universidade alemã de Tübingen desde 1960, Küng teve sua licença para lecionar teologia católica retirada pelo Vaticano em 1979, depois que questionou a doutrina da infalibilidade papel e ignorou a pressão do Vaticano para se retratar.
A universidade reagiu tornando-o professor de teologia ecumênica, garantindo-lhe uma posição que lhe permitiu escrever dúzias de livros, alguns deles fenômenos de vendas, e muitos artigos.