Raisi ainda destacou o papel do Irã como exportador de petróleo e gás, acrescentando que ele pode contribuir em outras frentes (Timothy A. Clary/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de setembro de 2022 às 12h37.
O presidente do Irã, Seyyed Ebrahim Raisi, afirmou nesta quarta, 21, que seu país tem sido "extremamente flexível" para tentar retomar o acordo nuclear com as potências. Durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ele dirigiu várias críticas aos Estados Unidos, lembrando que foi este país que abandonou o pacto e impôs "sanções opressivas".
Raisi lembrou que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já realizou dezenas de inspeções das instalações nucleares iranianas nos últimos anos. "Temos boa vontade, assinamos o acordo", notou, mas "não tivemos a oportunidade de receber a recompensa por esses acordos". Segundo ele, caso Teerã não tivesse mostrado flexibilidade, as negociações hoje em andamento pela retomada do acordo "teriam terminado nos primeiros dias".
O presidente iraniano qualificou as sanções como uma "punição imposta ao povo do Irã por buscar sua liberdade", qualificando-as como "armas de destruição em massa", que "ajudam a opressão". Ele criticou ainda o fato de que os EUA "protegem seus próprios interesses às custas dos outros", citando supostas ingerências no Oriente Médio, dizendo que o país "levou o caos à nossa região". "Não temos escolha a não ser a coesão e o multilateralismo", discursou.
Raisi ainda destacou o papel do Irã como exportador de petróleo e gás, acrescentando que ele pode contribuir em outras frentes, como em biociências e tecnologia nuclear.
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